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RIO DE JANEIRO – A diretoria do Botafogo está no mercado da bola em busca de um novo treinador e tenta equilibrar o perfil almejado com o orçamento, o desejo da torcida e a necessidade de respostas positivas a curto prazo. Tudo isso com uma eleição presidencial batendo à porta e que promete também agitar os corredores de General Severiano.

Após a saída de Bruno Lazaroni do cargo -e agora do clube, já que voltou atrás de sua decisão de permanecer como auxiliar-, a cúpula alvinegra não esconde procurar um nome que tenha um “perfil de liderança”, até mesmo por conta do jovem elenco à disposição. Por ora, a equipe está sob o comando interino do preparador de goleiros Flavio Tenius, que ficará à beira do gramado neste sábado, 31, contra o Ceará.

Com nomes mais experientes no radar anteriormente, o clube mudou o foco e o alvo da vez é Ramon Menezes, ex-Vasco. Antes, um dos treinadores analisados foi Alexandre Gallo, que esteve recentemente no São Caetano, onde conquistou a Série A-2 do Campeonato Paulista. O técnico tem passagens por diversos clubes do Brasil e do exterior, além do trabalho nas categorias de base da seleção brasileira.

O nome, porém, não agradou aos torcedores, que chegaram a fazer uma movimentação nas redes sociais contra um possível acerto, com a hashtag “Gallo Não”. Mais tarde, o treinador afirmou que houve conversa com o Botafogo, mas disse que as partes não chegaram a um denominador comum.

Ao mesmo tempo, a diretoria tenta que o novo técnico seja alguém dentro do orçamento. Apesar de Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol, indicar que não há um teto salarial determinado, sabe-se que o clube vive uma crise financeira.

Um outro ponto levado em conta é a urgência por resultados positivos. Classificar-se às quartas de final da Copa do Brasil -após a derrota para o Cuiabá em casa, no jogo de ida- e se afastar da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro são as duas missões imediatas que o novo treinador terá pela frente. Neste cenário, há uma precaução em relação a nomes estrangeiros, uma vez que haveria uma necessidade de adaptação ao futebol brasileiro e ao grupo.

Paralelamente, os corredores de General Severiano se mostram agitados com a eleição presidencial, que acontecerá no fim do mês que vem. Na quinta, 29, inclusive, a chapa encabeçada por Durcésio Mello pediu a impugnação de uma rival liderada por Walmer Machado, alegando irregularidades na lista de inscritos pelo grupo. Até aqui, além dos dois citados, há também Alessandro Leite como candidato.

Fonte: Folha Press RJ