TCE

Projeto de expansão da instituição financeira cooperativa no Estado prevê 19 agências até 2025. No ano que vem serão quatro, sendo duas na Capital e duas no interior

O Sicredi dá continuidade ao projeto de expansão e anuncia a abertura de novas agências no Estado, sendo duas na capital Manaus e mais duas no interior, nos municípios de Parintins e Itacoatiara, em 2022. Até 2025, a instituição financeira cooperativa, por meio da cooperativa Sicredi Vale do Cerrado, planeja abrir 19 agências no total.

Atualmente, a população manauara é atendida por duas agências, uma localizada no bairro Adrianópolis (desde setembro de 2020) e outra no Amazonas Shopping (desde julho deste ano), que juntas possuem uma carteira de crédito de R$ 135 milhões e somam mais de cinco mil associados, que usufruem não apenas de serviços financeiros.

Na área social, entre os principais projetos realizados pelo Sicredi estão o Programa A União Faz a Vida (que beneficia educadores e estudantes) e o Cooperação na Ponta do Lápis, com ações voltadas para educação financeira, além do Sicredi na Comunidade, uma plataforma digital que facilita o processo de solicitação de apoio por entidades que desenvolvem projetos de Patrocínio e Fundo Social.

“Estar em mais localidades é um dos objetivos do Sicredi, cujo propósito é o desenvolvimento dos seus associados e das comunidades onde está presente, e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Somos uma instituição financeira cooperativa, de pessoas para pessoas”, destaca o presidente da cooperativa Sicredi Vale do Cerrado (que atende o Amazonas), Sérgio Dezordi, ao complementar que o associado é dono da cooperativa e participa de suas decisões, por meio de seu voto nas assembleias.

Entre os diferenciais do Sicredi, Dezordi ressalta ainda o relacionamento próximo e consultivo junto aos associados, a distribuição de resultados e a prática de taxas justas, se comparadas a outras instituições financeiras, diferenciais competitivos do cooperativismo de crédito.

Valor agregado

Os benefícios do cooperativismo de crédito passaram a ser mensurados pelo Sicredi, a partir das soluções financeiras oferecidas aos associados e das ações realizadas junto às comunidades. Chamado de Valor Agregado, a atuação do Sicredi entregou nada menos que R$ 4,9 bilhões à sociedade brasileira em 2020, o que demonstra e comprova o seu real interesse pelas comunidades. Nas regiões Centro-Oeste e Norte, que abrangem Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre e Amazonas, foram R$ 1,163 bilhão.

Esse valor é a soma dos Resultados (lucro da cooperativa) distribuídos aos associados e da remuneração sobre o capital; da economia com taxas obtidas pelos associados nas operações realizadas na instituição financeira se comparada à taxa média de mercado; e dos projetos locais (patrocínios, Fundo Social e Programa A União Faz a Vida) desenvolvidos nos municípios.

Outras ações realizadas incluem o Dia de Cooperar (Dia C), evento anual junto à Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), para celebrar o voluntariado. Este ano, as cooperativas se uniram para o combate à fome e desigualdades. Só em Manaus, mais de seis toneladas de alimentos foram destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade. Além disso, a cooperativa destinou mais de R$ 50 mil a instituições de saúde para o combate à Covid-19.

Francisco Motta, diretor-executivo da cooperativa, acrescenta que o Sicredi quer mostrar ao Amazonas a força que o cooperativismo pode proporcionar no desenvolvimento local. “Atualmente, 39 dos 51 municípios de atuação do Sicredi Vale do Cerrado estão em Manaus e planejamos ser 145 mil associados até 2025, o que demonstra a relevância do Estado em nosso Planejamento Estratégico”, comenta ao afirmar que a cooperativa tem um orçamento relevante de investimentos para o Amazonas nos próximos anos.

Impactos do cooperativismo

Com a chegada da instituição financeira cooperativa, a localidade tem a chance de experimentar novas oportunidades de desenvolvimento, como constatado por uma pesquisa encomendada pelo Sicredi e divulgada em 2020. De autoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o estudo avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativas de crédito entre 1994 e 2017 e cruzou informações do IBGE. Evidenciou que o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, o que estimula o empreendedorismo local.

A pesquisa também calculou o Multiplicador do Crédito Cooperativo, um coeficiente que indica o impacto do crédito concedido pelas cooperativas no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – cada R$ 1,00 concedido em crédito gera R$ 2,45 no PIB da economia e a cada R$ 35,8 mil concedidos pelas cooperativas, uma nova vaga de emprego é criada no país. De acordo com a Fipe, a inclusão financeira de famílias, pequenos produtores e empresas, forma um ciclo virtuoso que fomenta o empreendedorismo local, reduz desigualdades econômicas e aumenta a competitividade e a eficiência no sistema financeiro nacional.