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Desembargadores consideraram não haver provas na denúncia

 O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4)
absolveu, ontem (26), o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, condenado pelo
ex-juiz Sergio Moro em primeira instância pelos crimes de lavagem de dinheiro e
associação criminosa no âmbito da Lava Jato.
 A decisão dos três desembargadores que compõem
a Oitava Turma do TRF4, João Pedro Gebran Neto (relator), Leandro Paulsen e
Carlos Thompson Flores, foi unânime. Eles consideraram não haver provas na
denúncia de que ele teria participado em desvios na construção do Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da
Petrobras.
 Paulo Ferreira, que chegou a ficar preso por cerca
de seis meses em 2017, foi um dos três tesoureiros do PT condenados pelo
ex-juiz Sergio Moro em diferentes casos da Lava Jato. Os outros foram Delúbio
Soares e João Vaccari Neto, que também já teve uma condenação em primeira
instância revertida pelo TRF4.
 Também por unanimidade, os desembargadores
absolveram o presidente da empreiteira Construcap, Roberto Ribeiro Capobianco,
das irregularidades na construção do Cenpes. Também foi extinta a punibilidade
do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, devido à prescrição do crime de
corrupção passiva pelo qual havia sido condenado.  
 O TRF4 manteve, contudo, a condenação por
corrupção ativa e associação criminosa do diretor a Construbase, Genésio
Schiavinato Jr. Também foram mantidas as condenações por corrupção ativa de Léo
Pinheiro e Agenor Franklin Medeiros, ex-executivos da empreiteira OAS. Outros
seis envolvidos tiveram mantidas as condenações por associação criminosa.
 Nesta semana, uma outra condenação de Moro foi
revertida, dessa vez pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou sentença proferida contra o doleiro Paulo Roberto Krug
no caso Banestado.
Foto: Sylvio Sirangelo