TCE
Presidente falou sobre processo de escolha de novo ministro da Educação após anunciar que testou positivo para covid-19
 O
presidente Jair Bolsonaro disse na tarde desta terça-feira (7/7) que enfrenta
dificuldades na escolha do novo ministro da Educação pelo fato de os candidatos
recusarem o convite ao ver a situação do Ministério da Educação (MEC).
“Tem excelentes currículo, mas quando vê o problema de perto, [que] a
gente mostra para eles, uns declinam e outros pedem mais tempo para pensar. Eu
gostaria de decidir hoje”, disse. 
 A informação foi dita pelo presidente em
anúncio, transmitido pelas TV Brasil, CNN Brasil e Record, de que testou positivo para covid-19. O presidente estava
com sintomas, como ele mesmo informou a apoiadores na última segunda-feira (6)
à noite. Bolsonaro não quis falar o nome do favorito, mas afirmou que é de São
Paulo. “Não posso falar, porque o mundo cai na cabeça desse favorito; todo
mundo vai para cima dele até no que ele fez quando tinha cinco anos de
idade”, disse.
 O presidente afirmou esperar ter mais um
contato com esta pessoa ainda nesta terça-feira. Caso não dê certo, ele
ressaltou que o deputado major Vitor Hugo (PSL-GO), que passou a ser cotado na última
segunda-feira (6)
, seria uma opção de
“reserva”. Bolsonaro diz que temm muita confiança no deputado, que é
líder do governo na Câmara, e afirma que ele tem uma capacidade grande de organização,
apesar de não ser da área da educação. 
 “Em poucos dias estudou o MEC, apontou os
problemas, seria uma pessoa excepcional, mas vão cair em cima porque ele é
major do Exército, e o pessoal acham que tem militar demais no governo”,
pontuou. Entre pessoas próximas do presidente, a informação é justamente essa,
de que há certa resistência em nomear um militar para evitar críticas neste
sentido.
 O MEC está sem chefia desde a saída do ex-ministro Abraham Weintraub, anunciada
no último dia 18 e publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 20,
dia em que ele já havia chegado aos EUA. No dia 25,
Bolsonaro anunciou que havia escolhido o professor Carlos Decotelli como novo
ministro, mas ele não chegou a ser empossado. Em meio a inconsistências identificadas
em seu currículo, a nomeação tornou-se sem efeito cinco dias depois.
 No último domingo, o secretário de Educação do
Paraná, Ricardo Feder, anunciou pelas redes sociais que estava declinando o convite que, segundo ele, feito
pelo presidente na quinta-feira (2). Ele era cotado antes de Bolsonaro escolher
Decotelli.
 Pessoas próximas do presidente, no entanto,
afirmam que o chefe do Executivo já havia descartado o nome de Feder pela
segunda vez depois de muitas críticas e resistência por partes das alas
ideológicas e militar. O secretário também estava desagradado com a fritura que
vinha sofrendo por parte das alas governistas.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Marcello Casal Jr.