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O presidente Jair Bolsonaro garantiu que vai “mandar a Polícia Federal” abrir um inquérito para investigar o deputado federal Luis Miranda e o irmão dele, um funcionário do Ministério da Saúde, que denunciaram irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

“Lógico que abrirei inquérito, olha a vida pregressa dele”, disse sobre Luis. Questionados sobre as acusações, o presidente afirmou que nenhum valor foi pago pela vacina e que o contrato trazia um erro de digitação:

“Foi comprada a vacina? Teve um documento, pelo que fiquei sabendo, que estava errado, faltava um zero lá e foi corrigido no dia seguinte”, disse a jornalistas que cobriam a inauguração de um centro tecnológico em São paulo.

Bolsonaro também fez questão de dizer que é “incorruptível” e pediu elogios ao seu governo:”Pelo que me consta, não há nada de errado no contrato. Nã foi gasto um centavo com a Covaxin, vocês que querem me julgar por corrupção, vocês vão se dar mal. Eu sou incorruptível. Vocês querem imputar a mim um crime de corrupção que não foi gasto um centavo. Estamos há dois anos e meio sem corrupção, a CGU funciona, vamos atrás de resolver o problema antes que ele ocorra”, declarou.

Antes do fim da entrevista, o presidente se irritou com as perguntas sobre o tema e voltou a agredir uma jornalista que o questionou sobre  o porquê da insistência na compra da Covaxin: “Eu não posso participar de tudo. Ah meu Deus, você de novo?! Volta para a faculdade, volta para a faculdade”, esbravejou.