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 O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (19)
que vai defender, em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a
política do governo na questão ambiental. Em sua live semanal no Facebook,
Bolsonaro disse que as queimadas na Amazônia estão abaixo da média dos últimos
15 anos e o que há é uma tentativa internacional de desgastar a imagem do
Brasil. Para o presidente, o objetivo é prejudicar o setor agrícola nacional,
um dos mais competitivos do mundo. 
 “Estou me preparando para um discurso
bastante objetivo, diferente de outros presidentes que me antecederam. Ninguém
vai brigar com ninguém lá, pode ficar tranquilo. Vou apanhar da mídia, de
qualquer maneira, essa mídia sempre tem o que reclamar, mas eu vou falar como
anda o Brasil nessa questão. E eles tem números verídicos sobre isso aí, mas o
que interessa? É desgastar a imagem do Brasil. Desgastar por quê? Para ver se
cria um caos aqui, para o pessoal lá de fora se dar bem. Se a nossa agricultura
cair, é bom para outros países que vivem disso”, disse.
 Bolsonaro e comitiva embarcam para Nova York
(Estados Unidos) no dia 23. No dia seguinte, o presidente é o primeiro a falar.
Tradicionalmente, cabe ao chefe de Estado brasileiro fazer o pronunciamento de
abertura na Assembleia Anual da ONU. Na avaliação de Bolsonaro, existe uma
pressão de outros países para que o Brasil amplie o número de reservas
indígenas, quilombolas e áreas de proteção ambiental. Segundo ele, havia uma
previsão de demarcar mais 400 reservas indígenas e 900 áreas quilombolas ao
longo dos próximos anos, o que expandiria as áreas atualmente protegidas por
mais 6% do território. 
 “Imagine o nosso Brasil com uma área
equivalente, um pouquinho abaixo, do Sudeste, do Sul, demarcado como terra
indígena? Tudo estaria inviabilizado no Brasil. Essa é a tendência, é o
sufocamento da nossa agricultura aqui no Brasil. Nós ocupamos aproximadamente
7% do nosso território para a agricultura. Outros países da Europa ocupam,
muitos, aproximadamente 70%”, disse o presidente.
 Em Nova York, aonde chega no dia 23, Bolsonaro
tem encontro confirmado com o secretário-geral da ONU, António Guterres,
marcado para o dia 24, mesma data de seu pronunciamento. Não estão previstos
encontros bilaterais com outros chefes de Estado. O presidente embarca de volta
ao Brasil no mesmo dia.
 O presidente deve seguir despachando do
Palácio da Alvorada, residência oficial, onde também tem realizado caminhadas e
sessões de fisioterapia. Ele se recupera da quarta cirurgia em um ano, para
tratar o ferimento à faca sofrido em um atentado em setembro do ano passado,
durante ato da campanha eleitoral. 
 A previsão é que Bolsonaro faça exames no
início da manhã desta sexta-feira (20) e seja avaliado, em seguida, pelo médico
Antonio Macedo, que o operou. Ele virá especialmente de São Paulo para isso. Os
procedimentos ocorrerão no Hospital DF Star, em Brasília, filial do mesmo
hospital que o presidente ficou internado nos últimos dias, o Vila Nova Star,
na capital paulista.
Fonte:  Agencia Brasil
Foto:  Divulgação