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Minhas dúvidas viraram convicção’, diz Chico Preto sobre uso da estrutura da Prefeitura no caso Flávio
O vereador Chico Preto afirmou que não há mais dúvidas acerca do uso de veículo oficial no caso envolvendo a morte do engenheiro Flávio Rodrigues. Segundo o parlamentar, o próprio secretário de articulação política da Prefeitura de Manaus, Luiz Alberto Carijó, confirmou o fato durante seu pronunciamento em sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta quarta-feira (9). Além de Carijó, o procurador-geral do município, Rafael Oliveira, também esteve no parlamento prestando informações sobre o caso.
“Se eu tinha dúvidas, agora tenho convicção. Há o uso de carro oficial confirmado pelo Carijó. O secretário afirmou, também, que um servidor viajou com o Alejandro, horas depois do crime ter acontecido, tirando o Alejandro da cidade, quando ele era alguém que já estava sendo investigado. A pergunta que faço é: você pode usar um servidor da Prefeitura para tirar da cidade alguém que está sendo investigado? Ele é pago com dinheiro público. É digno isso? A estrutura está envolvida”, afirmou.
Chico Preto afimou que a elucidação da morte de Flávio Rodrigues é competência da Justiça, mas cabe à CMM obter informações sobre o uso da estrutura da Prefeitura. O parlamentar destacou que militares funcionam mediante ordem.
“Servidores da Casa Militar são forjados na base da disciplina e hierarquia. Esses homens não saem da onde você os deixa para ir na esquina sem uma ordem. São militares, funcionam mediante ordem. Alguém ordenou e alguém tinha ciência. Isso é um crime na esfera penal e também na político-administrativa, que pode levar a afastamento de cargo. Esse é o papel da Câmara. A polícia vai investigar sim e dizer quem foi o assassino, mas a Câmara tem que dizer quem deu a ordem para que a estrutura fosse sido utilizada”, concluiu.
Cerceamento
Durante a sessão, por cinco vezes, o vereador Chico Preto foi citado pelos demais vereadores. Mesmo solicitando direito de reposta, por meio do Artigo 106 do Regimento Interno da CMM, o parlamentar teve seu direito cerceado pelo vereador Joelson Silva (PSDB), que presidia a sessão.