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Ao criticar Anitta por uma tatuagem no ânus e falar constantemente sobre a Lei Rouanet, Zé Neto acabou causando um efeito dominó que resultou em uma exposição dos cachês milionários que alguns sertanejos ganham com o dinheiro público e na maioria das vezes sem licitação.

Segundo o colunista Fefito, do Uol, alguns sertanejos estão irritados com Zé Neto e não têm poupado críticas a ele nos bastidores, pelo discurso feito na semana passada, que acabou colocando seus cachês na mira do público e das autoridades.

Investigação

Na semana passada, em meio à exposição que começou a rolar na internet sobre os cachês dos sertanejos pagos por pequenas prefeituras pelo Brasil, o Ministério Público de Roraima passou a investigar a contratação de Gusttavo Lima em R$ 800 mil para um único show, pela prefeitura de São Luiz, município com pouco mais de 8 mil habitantes no interior do estado. É como se cada morador, contando adultos e crianças, estivesse desembolsando R$ 100 para pagar o tal cachê, sendo que a cidade possui o segundo PIB mais baixo de Roraima, de acordo com o IBGE.

Prefeito cancela show

Neste sábado, o prefeito da cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, cancelou o show de Gusttavo Lima que aconteceria na cidade. O valor pago ao sertanejo seria de R$ 1,2 milhão, que seria desviado de uma verba destinada à saúde e educação.

Os shows de Bruno e Marrone, que receberiam R$ 520 mil, também foram cancelados pela mesma prefeitura.  Apesar disso, a cidade com 17 mil habitantes ainda terá shows de Israel e Rodolffo, contratados por R$ 310 mil, Di Paullo e Paulino –R$ 120 mil–, João Carreiro –R$ 100 mil– e Thiago Jhonathan –R$ 90 mil. Segundo a Folha de S. Paulo, todos pagos com a verba indevida. Fonte: Extra