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Estudo aponta aumento de incidência em homens e mulheres

 A depressão vem crescendo entre homens e
mulheres que vivem de jogar futebol e os motivos apontados pela Federação
Internacional de Jogadores Profissionais (FIFPro) são o isolamento social
– medida adotada para travar o avanço da pandemia do novo coronavírus
(covid-19) – e as incertezas quanto ao futuro. A entidade publicou hoje
(20) em seu site oficial o
resultado de uma pesquisa, realizada entre 22 de março a 14 de abril, com
1602 atletas em confinamento na Inglaterra, França, Austrália e Estados Unidos.
 Dentro do universo pesquisado, foram ouvidas
468 jogadoras de futebol, das quais 22% responderam que apresentam
sintomas de depressão. Entre os homens, 13% admitiram manifestações da doença.
O transtorno de ansiedade generalizada foi apontado por 18% dos jogadores e 16%
das jogadoras.   
 No início do ano, estudo idêntico já havia
sido feito pela entidade, com o apoio de pesquisadores do hospital da
Universidade de Amsterdã. Na ocasião, a pesquisa registrou que 11% das
mulheres e 6% dos homens reconheceram ter sintomas de depressão.
 A FIFPro tem cerca de 63 países filiados. A
entidade lembra que muitos profissionais da bola vivem fora dos países onde
nasceram, sem suas famílias, e receosos com a aproximação do fim de seus
contratos. A entidade pontua que o estudo é uma reflexão social, e por
isso não defende a retomada apressada das competições. O retorno, segundo a
FIFPro, poderia causar mais preocupação aos atletas diante
do medo de serem infectados pela covid-19.
Foto: Marcelo Camargo