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De acordo com o Ministério da Saúde (MS), existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes no país. Deste total, 90% possuem o tipo 2 da doença, causado pela incapacidade do corpo de absorver adequadamente a insulina produzida, aumentando os níveis de açúcar no sangue. A doença é multifatorial e pessoas com sobrepeso, colesterol e/ou triglicerídeos elevados, sedentárias, entre outros fatores, têm risco aumentado de desenvolver a doença.

O diabetes é considerado, hoje, uma doença crônica. Essa classificação define as condições de saúde que possuem desenvolvimento lento, não têm cura, necessitam de tratamento contínuo e monitoramento constante do quadro. No caso do diabetes, a principal forma de acompanhar a evolução da doença ou fazer o diagnóstico é por meio de exames de sangue.

“O mais conhecido é o exame de glicemia. Serve para medir o nível da glicose na circulação sanguínea do paciente. É necessário estar de 8 a 12 horas de jejum, sem consumir nenhum tipo de alimento ou bebidas, apenas água é permitido. O exame é utilizado para investigar possíveis casos de diabetes e para controle da doença”, comenta a bioquímica e coordenadora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Figueira.

Os sintomas da diabetes variam a depender da versão da doença. No caso do tipo 2, o mais comum é sentir fome e sede frequentes, fadiga, vontade de urinar diversas vezes, infecções de repetição na bexiga, rins e pele, feridas que demoram a cicatrizar e visão embaçada.

Além do jejum, é preciso ter atenção a outros fatores que podem influenciar no resultado do exame de glicose e pedir orientação ao médico. Entre eles estão: hábitos alimentares, tabagismo, consumo de bebida alcoólica, a prática de exercícios e uso de medicamentos.
Luciana Figueira explica o procedimento na hora de realizar o teste. “O exame é feito a partir da coleta da amostra de sangue e pode ser executado tanto em uma unidade de atendimento como na casa do paciente, com nossa equipe de atendimento móvel. O resultado fica pronto em até um dia útil”, afirma a bioquímica.

 

Variedade
Além do exame de glicemia, Luciana Figueira ressalta que há outras opções de testes utilizados para diagnosticar ou monitorar o diabetes. A frutosamina (avalia alterações no controle da doença), o teste de tolerância oral à glicose (também chamado de curva glicêmica), glicemia pós-prandial (após refeição) e o de hemoglobina glicada são alguns deles.

“O exame de hemoglobina glicada é um dos mais solicitados por médicos. Ele identifica o nível médio de glicose no sangue em um período de dois até três meses, independente de refeições, rotina de exercícios ou uso de medicamentos associados. É uma ótima opção para ter um quadro geral da doença ou do risco para ela”, comenta a coordenadora técnica.

 

Outros tipos
Além do tipo 2, o Ministério da Saúde reconhece outros três tipos de diabetes, cada um com sintomas e tratamentos específicos, embora possa haver semelhanças. O diabetes tipo 1 é uma doença crônica, hereditária e que concentra entre 5% e 10% dos casos, no Brasil. É definida pela incapacidade do corpo de produzir insulina e converter a glicose dos alimentos em energia.

Já o diabetes gestacional ocorre durante a gravidez, quando os níveis de açúcar ficam elevados, mas não o bastante para serem classificados como tipo 2. Por último, o ‘pré-diabetes’ é quando os níveis de glicose também estão altos, mas ainda não ao ponto de serem identificados como tipo 1 ou 2.

 

Fonte e Foto: Divulgação