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 O
governador do Amazonas, Wilson Lima, enviou, nesta quarta-feira (29/04), carta
endereçada à Organização das Nações Unidas (ONU), via Força-Tarefa de
Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force – sigla em inglês), para
mobilizar o órgão internacional no apoio e captação de recursos visando o fortalecimento
do sistema de saúde nas regiões de floresta tropical durante o combate ao novo
coronavírus. Wilson Lima é o atual presidente da GCF Task Force, que reúne 38
governadores de 10 países.
 No
documento, o governador pede uma ação conjunta internacional para a proteção
das populações mais vulneráveis à pandemia em áreas de floresta, como o
Amazonas, que abriga povos indígenas, comunidades tradicionais e ribeirinhas.
 “Na carta
que eu estou encaminhado à ONU, na condição de presidente do GCF, peço que os
esforços que estavam voltados para a proteção da floresta se voltem nesse
momento para a área de saúde, para a aquisição de equipamentos, montagem de
infraestrutura e contratação de pessoal para atender àquelas pessoas que foram
responsáveis, ao longo dos anos, pela proteção de 97% da cobertura vegetal no
estado do Amazonas”, afirmou Wilson Lima.
 Ele também
chamou a atenção para o impacto da pandemia de Covid-19 nas projeções de
aumento do desmatamento e de ilícitos ambientais decorrentes da retração
econômica e das medidas de isolamento social.
 “O GCF
também vai levar essa carta aos outros organismos que são parceiros, que
trabalham nessa questão da proteção ambiental, e aí é preciso saber onde estão
aquelas pessoas que tanto defendem a floresta. Nesse momento, nós precisamos
defender o nosso povo. Aliás, esse sempre foi o meu discurso, de que antes de a
gente defender a floresta, primeiro a gente tem que defender o cidadão. Se não
defender o cidadão, não tem como proteger a floresta”, completou o governador.
 Realidade local – De
acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira, a
mobilização internacional é uma estratégia necessária ao enfrentamento da
pandemia em regiões de floresta, como a Amazônia, que exigem infraestrutura
diferenciada.
 “O
governador chama agora toda essa rede internacional para o combate ao novo
coronavírus e isso é muito importante porque em uma região tão complexa como a
nossa, que tem problemas com cidades, áreas periféricas, áreas remotas,
populações indígenas, populações tradicionais e assentamentos rurais, é preciso
uma atuação muito diferente do que grande parte do país ou dos países têm
tido”, destacou Eduardo Taveira.
Fonte: SECOM
Foto: Maurilio