TCE

 O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a sua
live semanal no Facebook, na noite desta quinta-feira (5), para defender a
indicação do subprocurador-geral Augusto Aras para comandar a Procuradoria
Geral da República (PGR). A indicação foi formalizada mais cedo pelo
presidente.  
 Ao mencionar as críticas que tem recebido de
parte de seus eleitores, por causa da escolha, Bolsonaro reforçou que o indicado
tem compromissos em diferentes áreas de atuação. “Não basta apenas ter
alguém lá que combata a corrupção. Tem que combater a corrupção? Tem. Mas tem
também que ser sensível às outras questões”, disse.
 O presidente disse que a questão ambiental
teve um peso na escolha do nome. 
 “Vamos supor que a gente bote alguém lá
que não pode ver uma vara de bambu sendo cortada que já processa todo mundo.
Como é que ficaria alguém que tivesse uma visão muito radical na questão
ambiental? Como é que ficaria o agronegócio no Brasil?”, acrescentou
Bolsonaro.
 Para o presidente, alguém com uma visão,
segundo ele, “radical” sobre o meio ambiente também poderia
comprometer projetos de infraestrutura no país.  “Quantas vezes você
teve conhecimento, e ainda no momento, [quando] você quer rasgar uma estrada e
entra o Ministério Público alegando as condições ambientais, dificulta e aquela
estrada leva 5, 6, 10, 15 anos ou não sai?”, indagou.
 Bolsonaro pediu que seus apoiadores deem uma
chance e aguardem o desempenho do futuro PGR antes de fazerem juízo de valor
sobre a escolha. “Dá uma chance para mim. Você acha que eu quero botar
alguém lá para atrapalhar a vida do Brasil?”.

 

 Abuso de autoridade

 Participaram da live ao lado do presidente os
ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pùblica), Wagner Rosário
(Transparência e Controladoria Geral da União), Jorge Oliveira (Secretaria
Geral da República) e André Mendonça (Advocacia Geral da União). Cada um deles
se alternou em defesa dos vetos presidenciais, anunciado hoje, ao projeto de lei sobre abuso de
autoridade. No total, o presidente vetou 36 dispositivos em 19 artigos da
norma.
 “A palavra final depende do Congresso. O
que nós sancionamos, uma vez publicado, passa a ser lei. O que nós vetamos vai
para apreciação do Congresso. 
 Essa é a regra do jogo, sempre foi
assim”, destacou Bolsonaro. Para derrubar os vetos, o Congresso Nacional,
em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, precisará de
quórum qualificado, com maioria de 257 votos, contra cada um dos dispositivos.
Se esse número de votos contrários não for atingido, o item vetado é
mantido.   
Fonte: Agência
Brasil
Foto: Divulgação