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Manifestação e carreata pacífica, em favor dos garimpeiros reuniu centenas de pessoas em  Novo Aripuanã na tarde deste domingo (28). Os manifestantes gritavam palavras de ordem,  pediam a legalização da atividade estrativista na região do madeira e prestavam solidariedade aos garimpeiros que tiveram seus instrumentos de trabalho incendiados pela ação da Polícia Federal, Marinha e demais órgãos do Meio Ambiente.

Mais de 60 barcos de garimpeiros foram incendiados no sábado (27) no rio Madeira, Amazônia brasileira, durante uma operação conjunta da polícia e outras forças oficiais, informaram o governo e o Greenpeace neste domingo (28).Pelo menos 300 balsas de dragagem foram instaladas em fileiras ao longo do leito do rio Madeira – um afluente do Amazonas – na semana passada, após rumores de uma recente descoberta de ouro.

Após a repercussão das imagens, as autoridades anunciaram uma operação para coibir a atividade ilegal que, embora seja de conhecimento público, se intensificou nas últimas semanas.No sábado, muitos dos garimpeiros haviam se dispersado para cidades vizinhas, segundo a ONG ambientalista Greenpeace Brasil, que também postou fotos de barcos pegando fogo em suas redes sociais.

“Boa parte das dragas destruídas já havia saído da cidade de Autazes, onde haviam sido originalmente flagradas, e se encontravam em cidades vizinhas como Nova Olinda do Norte é Novo Aripuanã . Dez garimpeiros foram presos e vários outros fugiram, e não há relatos de feridos”, informou a ONG pelo Twitter.

A Polícia Federal, o Ibama e o Ministério da Justiça não responderam às perguntas da AFP sobre o balanço oficial da operação, da qual também participou a Marinha.

“Esta ação prova que o Brasil tem capacidade para enfrentar a ilegalidade e garantir a proteção dos nossos rios, florestas e comunidades tradicionais. Basta vontade política!”, destacou o Greenpeace.