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Ministro da Saúde se compromete com o projeto

 A Fundação Oswald Cruz (Fiocruz) completou,
hoje (25), 120 anos dedicados à ciência e à saúde pública, e expande sua
atuação com um novo Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, em
construção em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. O campus principal
da instituição fica em Manguinhos, na zona norte da cidade, onde desenvolve
pesquisa e inovação biomédica, além de serviços hospitalares e de educação.
 Na cerimônia virtual de aniversário, ocorrida
na manhã de hoje (25), a presidente da instituição, Nísia Trindade Lima,
destacou que o novo complexo é o maior investimento do país em biotecnologia e
vai aumentar a capacidade atual da instituição de produzir 20 milhões de
frascos de vacinas e biofármacos por ano para 120 milhões, no Novo Centro de Processamento
Final (NCPFI).
 “Vai permitir que o Brasil aumente a sua
produção de vacinas, pensando não só na realidade nacional, mas também na
cooperação internacional. Esse é um dos nossos mais importantes projetos para o
futuro, e junto com ele, o reforço a uma instituição nacional em defesa da vida
e do bem estar”, afirmou.
 Segundo a Fiocruz, já foram investidos R$ 700
milhões no projeto, e o Ministério da Saúde anunciou no fim do ano passado que
irá investir R$ 3 bilhões na construção. Na cerimônia do hoje (25), o ministro
interino da Saúde, Eduardo Pazuelo, disse que a Fiocruz é uma estrutura que
orgulha a todos e garantiu que há o compromisso do governo com o complexo de
Santa Cruz.
 “Quero me comprometer com todos sobre o
projeto de Santa Cruz. De uma forma bem clara e direta, hoje (25) já tem uma
reunião sobre isso. Ainda não me familiarizei sobre como vai funcionar, mas
hoje temos uma reunião para tirar os gargalos e colocar isso pra frente”,
anunciou.

 Covid-19

 Sobre a pandemia da covid-19, o ministro
destacou que o desafio agora é dar conta de atender os pacientes que vão
aparecer, com o deslocamento da doença
para o interior do país.
 “A missão fica clara a cada dia. Nós temos o
impacto das capitais e regiões metropolitanas, esse impacto vai passar e nós
vamos ter o espraiamento disso, de alguma forma, para o interior, e vamos ter
que ter as estruturas que foram preparadas nas capitais e regiões
metropolitanas para receber o pessoal do interior que não tem as estruturas
lá”.
 Ele lembrou da importância que o Centro
Hospitalar para a Pandemia de Covid-19, inaugurado
pela Fiocruz na semana
passada vai ter nesse enfrentamento ao novo
coronavírus.
 Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia
Trindade, os dados do monitoramento feito pela instituição não indicam
diminuição do contágio pelo novo coronavírus (covid-19), que já fez mais de 22
mil mortes no país.
 “Esses valores têm duplicado a cada 12 dias,
segundo o sistema Monitora Covid, e
nos coloca o grande desafio, porque até o momento ainda não vemos a queda ou
estabilização dessa pandemia. Observa-se ainda a interiorização da pandemia,
que pode atingir populações vulnerabilizadas e cidades de pequeno porte. Há
muito o que fazer, vamos fazer agora com base na ciência e nesses pilares”,
disse Nísia.
 A presidente da Fiocruz destacou as ações que
a instituição está colocando em prática nesse momento de pandemia. Além do
hospital, que é a base da Fiocruz para o estudo
clínico mundial Solidariedade
, a instituição vem trabalhando em projetos de
vacina para a covid-19 e na integração e análise de dados com o Observatório Covid-19.
 A Fiocruz participa também da Rede Covida – Ciência, Informação e
Solidariedade
para o monitoramento e produção de sínteses de evidências
científicas; o Infogripe, que
acompanha as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG); e o MonitoraCovid-19, um painel sobre a
situação do Brasil e das unidades federativas, baseada no número de casos e
óbitos notificados.
Foto: Talita Cavalcante