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Para secretário, há US$ 1,5 trilhão no mundo para investimetos

 A retomada do crescimento da economia
brasileira será principalmente com capital privado, afirmou hoje (7) o
secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério
da Economia, José Salim Mattar Júnior, em transmissão ao vivo feita pelo
deputado Alexis Fonteyne (Partido Novo – SP).
 De acordo com o secretário, há no mundo US$
1,5 trilhão disponível para investimentos, principalmente para geração e
distribuição de energia, infraestrutura, concessões e saneamento. “O que
precisamos é atrair esse capital estrangeiro através de segurança jurídica, de
facilidade de entrada de capital e saída. Acredito que podemos fazer a retomada
do crescimento do Brasil principalmente com capital privado”, afirmou Salim
Mattar.
 Entretanto, ele disse, a crise gerada pela
covid-19 impede novos investimentos. “Neste presente momento, com o
coronavírus, o mercado deu uma reduzida, a bolsa caiu, os investidores estão
mais apreensivos, estão um pouco receosos de fazer investimentos. Este não é um
momento bom de continuar vendendo ativos”, afirmou.
 Para o secretário é preciso reduzir o tamanho
do estado, considerado por ele “gigantesco, obeso, lento, burocrático e oneroso
para o pagador de impostos”.
 Salim Mattar disse ainda que a legislação
atual torna lento o processo de venda de empresas públicas. “Existe uma
arcabouço legal jurídico para proteger o bem do cidadão. Foi feito com boa
intenção para proteger o pagador de imposto. Só que é dificílimo vencer um bem
do estado. As empresas desestatizadas no passado gastaram 30 meses em média
para serem privatizadas. Na iniciativa privada se vende entre 45 dias e 75
dias”, disse.
 Além da venda e fechamento de empresas
públicas, Mattar disse que é preciso reduzir o patrimônio imobiliário da União
avaliado em R$ 1,3 trilhão. De acordo com o secretário, são 750 mil imóveis mas
poucos estão aptos a serem vendidos por terem a documentação em dia.

 Servidores públicos

 Na transmissão por rede social, Salim Mattar
disse ainda que atualmente há duas classes de cidadãos – os servidores
públicos, com estabilidade, e os trabalhadores da iniciativa privada. 
 “Precisamos ter uma única classe de cidadão”, disse. Ele acrescentou que a
renda per capita de Brasília é de R$ 70 mil, por ano, enquanto de São Paulo é
R$ 50 mil. “O estado que mais produz não tem a maior a renda. A maior renda
está em Brasília, exatamente com quem nada produz”, afirmou.
Foto: Antonio Cruz