A apresentadora da CNN, Gabriela Prioli, resolveu expor sua opinião sobre o caso de Mariana Ferrer, na tarde desta terça-feira (03/11). Prioli, que é mestre em direito penal pela Universidade de São Paulo (USP), comparou a absolvição do empresário André de Camargo Aranha, no processo movido pela influenciadora digital Mariana Ferrer por abuso sexual, com a prisão do ex-presidente Lula.
Em uma sequência de stories apenas com textos, Gabriela escreveu que “entende a indignação” e pediu para que as pessoas tenham “mais razão e menos emoção”. Prioli pontua que não conhece a íntegra do processo, mas tenta explicar, de forma jurídica, a alegação de que houve “estupro culposo”, sustentada pelo promotor Thiago Carriço.
Com a intenção de ilustrar a explicação em defesa da argumentação do Ministério Público, Gabriela menciona a cobertura da condenação do ex-presidente Lula. “Tanta gente defendendo que ele não é o culpado mesmo depois da opinião da polícia, do Ministério Público e do Judiciários em mais de uma instância. E agora, nesse caso, a opinião da polícia é suficiente?”, escreveu.
“Eu entendo que vocês, sem o conhecimento técnico, achem difícil separar a emoção da razão nesse caso. Acreditem, eu me sensibilizo muitíssimo também, mas, como técnica, eu preciso dizer a visão técnica”, falou Gabriela em vídeo.
Sobre a conduta do advogado durante a audiência, ela disse que foi “péssima”, e que faltou iniciativa do juiz. “Me incomodou muito a cena que ela (Mari Ferrer) pede por respeito, aos prantos”.
Horas depois de publicar os stories sobre o assunto, para se defender das interpretações das redes, Gabriela fez um pedido. “Não deturpem a minha fala. Fiz uma comparação com outro processo falando sobre o argumento da reportagem. Só estou falando da construção do argumento”, se defendeu.
Entretanto, desde que Gabriela postou as primeiras interpretações sobre o tema, no Twitter, foi massiva a reação às declarações da apresentadora. “Meu deus a Gabriela Prioli realmente fez um paralelo com o caso da Mari Ferrer e o do Lula”, escreveu uma internauta. “A branca liberal me mete um ‘mais razão e menos emoção’ e uma ‘explicação jurídica’ horrível sobre o caso do estupro culposo”, escreveu outra.
