TCE
O Comando dos Estados Unidos para
a África aponta apenas para danos à infraestrutura e equipamentos, incluindo
carros e aeronaves. Ao menos quatro terroristas morreram.
Por G1
05/01/2020
Integrante do Al-Shabab segura
bandeira do grupo terrorista após ataque a base militar dos EUA no Quênia —
Foto: Al-Shabab/Reuters
Uma base militar dos Estados
Unidos no aeródromo de Manda Bay, no Quênia, foi atacada pela organização
terrorista Al-Shabab neste domingo (5). O ataque foi confirmado pelo Comando
dos Estados Unidos para a África (AFRICOM).
De acordo com comunicado do comando
americano, até agora foram registrados apenas danos à infraestrutura e
equipamentos, incluindo carros, aeronaves e tanques de combustível.
Não há informações sobre vítimas
entre os soldados da base, mas ao menos quatro terroristas teriam morrido, segundo
a Reuters. Também segundo a agência, o ataque começou antes do amanhecer, durou
cerca de 4 horas e menos de 150 funcionários dos Estados Unidos estavam na base
no momento.
“Al-Shabab é uma organização
terrorista brutal”, disse William Gayler, major-general do exército dos
EUA.
“É um afiliado da Al-Qaeda que
procura estabelecer um território islâmico autogovernado no leste da África,
remover a influência e os ideais ocidentais da região e promover sua agenda
jihadista. A presença dos EUA na África é extremamente importante para os
esforços de combate ao terrorismo”, completou.
Bandeira do grupo terrorista
Al-Shabab na base militar dos EUA no Quênia após ataque — Foto:
Al-Shabab/Reuters
O comunicado da AFRICOM aponta
que “o campo de pouso está limpo e ainda está em processo de ser totalmente
seguro”.
O grupo terrorista afirmou que 17
norte-americanos e 9 quenianos morreram no ataque, mas as Forças Armadas
americanas não confirmaram a informação, e acusam o grupo de divulgar dados
falsos e exagerados sobre o que ocorreu.
Embora tenha acontecido dias após
o ataque dos EUA que matou o general iraniano Qassem Soleimani, no Iraque, o
atentado no Quênia não deve ter relação com o anterior por se tratarem de
organizações diferentes e, aparentemente, sem ligações.
À Associated Press, um porta-voz
do Al-Shabab negou qualquer relação entre os ataques.