TCE

 Pressionado pelas altas nos gastos com
pessoal, energia e bens intermediários, o indicador de custos industriais subiu
1,1% no segundo trimestre deste ano frente ao período imediatamente anterior na
série com ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado,
os custos industriais aumentaram 3,5%, informa o estudo divulgado hoje (4),
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
 Os custos com energia, que crescem desde o fim
de 2016, subiram 2,1% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre
deste ano, na série com ajuste sazonal. O aumento da energia foi impulsionado
pela alta de 5,1% do óleo combustível e de 1,3% na energia elétrica. O custo
com pessoal teve alta de 1,1%. O de bens intermediários subiu 1,7%. Conforme o
estudo da CNI, os custos tributários diminuíram 0,6% e os com capital de giro
recuaram 3,7%.

 Preços

 No mesmo período em que os custos industriais
subiram 1,1%, os preços dos produtos industrializados no mercado doméstico
aumentam 2%, o que indica a elevação dos lucros das empresas. Além disso, a
alta dos custos industriais foi inferior ao crescimento de 5,4% nos preços em
reais dos manufaturados nos Estados Unidos, o que melhorou a competitividade
dos produtos brasileiros no mercado externo.
 “Apesar do ganho de competitividade nos mercados
externos, a indústria brasileira perdeu competitividade no mercado doméstico,
pois o preço dos manufaturados importados, em reais, cresceu 0,6%, menos do que
o aumento de 1,1% nos custos industriais das empresas brasileiras”, diz o
estudo da CNI.
Fonte:  Agencia Brasil
Foto:  Amanda Oliveira