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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou oito pessoas pelo assassinato do lutador de MMA (mixed martial arts, ou artes marciais misturadas, em português), arte marcial também conhecida como vale-tudo, Diego Braga Alves, em janeiro deste ano. Diego foi morto quando tentava reaver sua moto roubada, no Morro do Banco, na zona oeste do Rio.

Os acusados seriam integrantes da facção criminosa que controla a venda de drogas na favela, localizada no Itanhangá, no bairro da Barra da Tijuca. Na denúncia, o MPRJ requer a prisão preventiva dos oito.

De acordo com o Ministério Público, os assassinos pensaram que Diego era integrante de um grupo criminoso rival e o mataram a tiros, depois de ser submetido a um “tribunal” formado por integrantes da facção criminosa do Morro do Banco.

A denúncia coloca como qualificadores do crime, ou seja, circunstâncias que podem aumentar a pena, o motivo torpe, o meio cruel, a dificuldade de defesa da vítima e o uso de armas de fogo de uso restrito.

De acordo com informações da polícia, a moto de Diego foi roubada da casa do lutador, na Muzema, na madrugada de segunda por dois homens. O lutador acesso as imagens das câmeras de segurança e decidiu ir atrás do veículo.
O corpo do lutador foi encontrado após policiais do 31º BPM (Barra da Tijuca) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazerem buscas na região. Um homem foi preso, na manhã desta terça-feira (16), e confessou ter participado do crime. O caso passa agora para a Delegacia de Homicídios (DH).
Aos 44 anos, Diego começou a carreira em 2003 e enfrentou nomes como Charles do Bronx e Miltinho Vieira. Ele treinou com os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, e também com Anderson Silva. A última luta profissional dele aconteceu em 2019. Ele se aposentou com 23 vitórias, oito derrotas e um empate. Atualmente, ele era professor de artes marciais.

Fonte: Agência Brasil