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Brasil – A Justiça da Itália enviou para o Brasil um pedido de extradição de Robinho, condenado em três instâncias a nove anos de prisão. O ex-jogador está em Santos, litoral paulista, e recentemente foi visto jogando futevôlei em uma praia com Diego Ribas.

O pedido foi feito em fevereiro, após a condenação. No entanto, somente agora ele foi encaminhado às autoridades brasileiras. A agência italiana Ansa, que noticiou o pedido, afirmou que esse pedido pode ser usado para prender Robinho caso ele saia do Brasil.

Segundo a Constituição de 1988, o país não extradita brasileiros natos. A sentença é definitiva, de última instância na Corte de Cassação (o equivalente italiano ao Supremo Tribunal Federal brasileiro), não podendo mais o atleta recorrer.

RELEMBRE A ACUSAÇÃO E O JULGAMENTO

Durante o caso, a defesa de Robinho tentou desqualificar a vítima, exibindo fotografias ao tribunal onde a jovem ingere bebidas alcoólicas. Os advogados do ex-jogador da Vila Belmiro mostraram um dossiê com imagens retiradas das redes sociais da albanesa.

Ao todo, 42 fotos foram adicionadas ao processo. Ricardo Falco, também condenado em segunda instância, deve seguir os passos de Robson. Após o martelo decisivo da Corte de Apelação, as informações apontam que a defesa de Robinho ainda tentará de recorrer em terceira instância – uma espécie de Supremo Tribunal de Justiça do país.

Robinho havia sido contratado pelo Santos em outubro daquele ano, mas, após pressão de patrocinadores e torcedores, o condenado em segunda instância deixou o clube e disse que tiraria um tempo para estudar sua condenação.

CRIME OCORREU NA ITÁLIA

Robinho e outras cinco pessoas foram condenadas em primeira instância, na Itália, por violência sexual. Robinho chegou a ser um dos desfalques do Istanbul Basaksehir contra a Roma, pela Liga Europa, em 2019. Como a partida foi realizada na Itália, o brasileiro temeria o risco de ser preso, segundo apontou o jornal espanhol “As”.

O episódio pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 22 de janeiro de 2013. Os condenados foram acusados de abusar sexualmente, na saída de uma boate, de uma mulher de 22 anos. Em 2017, Robinho foi condenado a nove anos de prisão, apesar de afirmar que não teve “nenhuma participação” no estupro.

Em áudios capturados pela Justiça do país durante as investigações, é possível notar que Robinho assume ter feito sexo oral com a jovem. As conversas foram com Ricardo Falco, outro condenado na ação.