TCE

“Os irmãos dele ainda não sabem da morte. Toda hora perguntam que horas o irmãozinho deles vai chegar da casa do pai. Estão morrendo de saudades”, conta, aos prantos, a mãe do pequeno Ian Henrique de Almeida Rocha, de 2 anos, que morreu na madrugada desta terça-feira (10). Ele estava internado desde domingo (8) no Hospital João XXIII sob a suspeita de ter sofrido maus tratos na casa da madrasta, no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte.

Nesta terça, a reportagem de O TEMPO conversou com a mãe da criança, de 27 anos, que contou que ainda não há como saber se o filho foi agredido, mas, independentemente disso, acredita que houve omissão de socorro. “Na versão deles, ele teve duas quedas no sábado (7), na casa da madrasta, e não o levaram ao hospital. Uma queda de dia e outra de noite. Só levaram ele no hospital no domingo de manhã, quando ele já se encontrava desacordado”, detalhou.

Ainda segundo a mulher, o filho foi passar a virada do ano com o pai e, no dia que foi internado, retornaria para a casa onde morava com ela e os irmãozinhos – um menino de 7 e uma menina de 6 anos. O pais e a madrasta foram presos ainda no domingo e são investigados pela Polícia Civil.

“Ele era muito alegre, amava fazer uma bagunça, brincar com os irmãozinhos.Também adorava comer, era o tempo todo”, lembra, ainda muito emocionada, a mãe. A família ainda não tem informação sobre o local do velório, sabendo apenas que o enterro acontecerá nesta quarta-feira (11).

Investigação

A Polícia Civil confirmou a morte da criança, e informou que, até a manhã desta terça, o corpo de Ian seguia no HPS João XXIII, aguardando a remoção para o Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. “Posteriormente, será periciado para apuração da causa da morte”, completou a instituição policial.

Em nota divulgada na segunda-feira (9), a Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para investigar o caso e que “o casal foi conduzido e ouvido na Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher, em Belo Horizonte, onde tiveram ratificada a prisão em flagrante”. Em seguida, eles foram encaminhados para o sistema prisional.

“A investigação prossegue na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) para completa elucidação dos fatos”, completa a nota.

O que alegam os suspeitos

No último domingo, após a criança dar entrada em um primeiro hospital, em situação gravíssima, ele acabou transferido para a outra unidade, onde sofreu duas paradas cardíacas. Na unidade de saúde, os médicos desconfiaram da versão do pai, de 31 anos, e da madrasta, de 34, e acionaram a Polícia Militar (PM).

De acordo com o boletim de ocorrência registrado, no Hospital Risoleta Neves, a criança entrou com lesão na boca, na cabeça e na testa, com a mão esquerda torta e pernas duras. Foi assim que o pai encontrou o filho de madrugada, quando chegou do trabalho. Ele tentou abrir os olhos da criança, que não respondia, apenas gemia de dor.

Enquanto era transferido para o João XXIII, o menino sofreu uma parada cardíaca de quase 15 minutos e, ao chegar no HPS, sofreu outra de 10 minutos. O boletim de ocorrência aponta que, no João XXIII, a equipe médica constatou lesão não visível por toda parte anterior da cabeça, escoriações no queixo, além de edema na testa.

Segundo a versão do pai da criança, ele estava em casa no sábado, quando decidiu sair para cortar o cabelo. Ao chegar no salão, a companheira dele ligou e disse que a criança tinha caído e deu ibuprofeno, já que o menino reclamava de dor.

Ele chegou em casa no fim da tarde, viu o filho e não reparou anormalidades, já que brincaram e deu banho nele. Mais tarde, ele saiu para trabalhar, chegou a receber uma mensagem de áudio da namorada pouco depois das 0h, mas não conseguiu ouvir e, quando chegou em casa, já viu o filho inconsciente no sofá.

“Os irmãos dele ainda não sabem da morte. Toda hora perguntam que horas o irmãozinho deles vai chegar da casa do pai. Estão morrendo de saudades”, conta, aos prantos, a mãe do pequeno Ian Henrique de Almeida Rocha, de 2 anos, que morreu na madrugada desta terça-feira (10). Ele estava internado desde domingo (8) no Hospital João XXIII sob a suspeita de ter sofrido maus tratos na casa da madrasta, no bairro Jaqueline, na região Norte de Belo Horizonte.

Nesta terça, a reportagem de O TEMPO conversou com a mãe da criança, de 27 anos, que contou que ainda não há como saber se o filho foi agredido, mas, independentemente disso, acredita que houve omissão de socorro. “Na versão deles, ele teve duas quedas no sábado (7), na casa da madrasta, e não o levaram ao hospital. Uma queda de dia e outra de noite. Só levaram ele no hospital no domingo de manhã, quando ele já se encontrava desacordado”, detalhou.

Ainda segundo a mulher, o filho foi passar a virada do ano com o pai e, no dia que foi internado, retornaria para a casa onde morava com ela e os irmãozinhos – um menino de 7 e uma menina de 6 anos. O pais e a madrasta foram presos ainda no domingo e são investigados pela Polícia Civil.

“Ele era muito alegre, amava fazer uma bagunça, brincar com os irmãozinhos.Também adorava comer, era o tempo todo”, lembra, ainda muito emocionada, a mãe. A família ainda não tem informação sobre o local do velório, sabendo apenas que o enterro acontecerá nesta quarta-feira (11).

Investigação

A Polícia Civil confirmou a morte da criança, e informou que, até a manhã desta terça, o corpo de Ian seguia no HPS João XXIII, aguardando a remoção para o Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. “Posteriormente, será periciado para apuração da causa da morte”, completou a instituição policial.

Em nota divulgada na segunda-feira (9), a Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para investigar o caso e que “o casal foi conduzido e ouvido na Delegacia Especializada de Plantão de Atendimento à Mulher, em Belo Horizonte, onde tiveram ratificada a prisão em flagrante”. Em seguida, eles foram encaminhados para o sistema prisional.

“A investigação prossegue na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) para completa elucidação dos fatos”, completa a nota.

O que alegam os suspeitos

No último domingo, após a criança dar entrada em um primeiro hospital, em situação gravíssima, ele acabou transferido para a outra unidade, onde sofreu duas paradas cardíacas. Na unidade de saúde, os médicos desconfiaram da versão do pai, de 31 anos, e da madrasta, de 34, e acionaram a Polícia Militar (PM).

De acordo com o boletim de ocorrência registrado, no Hospital Risoleta Neves, a criança entrou com lesão na boca, na cabeça e na testa, com a mão esquerda torta e pernas duras. Foi assim que o pai encontrou o filho de madrugada, quando chegou do trabalho. Ele tentou abrir os olhos da criança, que não respondia, apenas gemia de dor.

Enquanto era transferido para o João XXIII, o menino sofreu uma parada cardíaca de quase 15 minutos e, ao chegar no HPS, sofreu outra de 10 minutos. O boletim de ocorrência aponta que, no João XXIII, a equipe médica constatou lesão não visível por toda parte anterior da cabeça, escoriações no queixo, além de edema na testa.

Segundo a versão do pai da criança, ele estava em casa no sábado, quando decidiu sair para cortar o cabelo. Ao chegar no salão, a companheira dele ligou e disse que a criança tinha caído e deu ibuprofeno, já que o menino reclamava de dor.

Ele chegou em casa no fim da tarde, viu o filho e não reparou anormalidades, já que brincaram e deu banho nele. Mais tarde, ele saiu para trabalhar, chegou a receber uma mensagem de áudio da namorada pouco depois das 0h, mas não conseguiu ouvir e, quando chegou em casa, já viu o filho inconsciente no sofá.

Ele questionou a companheira, que teria se assustado, porque segundo ela, o menino foi dormir com ela na cama. Na versão dela, durante o almoço, uma panela caiu e derrubou frango com quiabo, o que deixou o piso escorregadio. No início da tarde, ela estava no quarto quando ouviu um grande barulho, mas não foi ver o que ocorreu. Em seguida, alega ter ouvido outro estrondo e a criança chorou e pediu colo.

A madrasta alegou aos policiais que fez o menino dormir durante a tarde, assim como uma filha dela, e saiu com o companheiro, deixando as duas crianças sozinhas em casa. Quando chegou, a menina já estava acordada, enquanto o enteado ainda dormia. Durante a madrugada, ela relatou que o menino vomitou algumas vezes, mas deu banho nele e voltou a fazer ele dormir.

Aos policiais, a mãe do menino afirmou o filho já voltou da casa do pai machucado outras vezes e, na última, teve sangramento no ouvido. A mãe suspeita de agressões da madrasta e omissão do pai.

Fonte: https://www.otempo.com.br/cidades/morre-menino-de-2-anos-que-pode-ter-sido-vitima-de-maus-tratos-em-bh-1.2795242