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Treinador recusou Corinthians, Al-Hilal e Coreia do Sul, não recebeu convite da Europa e mal aparece nas redes ou imprensa

Em 9 de dezembro de 2022, após eliminação traumática para a Croácia, nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, confirmou sua saída da seleção brasileira depois de seis anos à frente da pentacampeã. Os planos do treinador, depois de dirigir a mais prestigiada seleção do planeta, era alçar diferentes na carreira, visando, principalmente, o mercado europeu.

No entanto, passados quase nove meses, Tite segue desempregado. Corinthians e Al-Hilal até tentaram contratá-lo, mas sem sucesso. A Coreia do Sul também se interessou, mas o técnico foi irredutível quanto ao desejo de trabalhar na Europa.

O principal foco de Tite era a Inglaterra, em que estaria na liga mais competitiva do planeta: a Premier League. O técnico até começou a estudar inglês, mas nenhum time de alto calibre se interessou.

O Chelsea, que vinha de campanha decepcionante na temporada 2022/23, foi o único clube de relevância a ter Tite como um dos possíveis nomes para assumir a equipe, mas optou pelo argentino Maurício Pochettino.

Outro time visto com bons olhos pelo treinador é o Arsenal, em que Tite tem bom trânsito com o diretor esportivo Edu Gaspar. Os dois trabalharam juntos no Corinthians e na seleção. Os Gunners, porém, sequer pensam em trocar de treinador, especialmente depois da campanha acima das expectativas na temporada passada, com Mikel Arteta.

Sem interesse em dirigir times brasileiros e seleções, e ignorado por times relevantes da Europa, por onde anda Tite?

De estrela de comercial a ‘desaparecido’

Em questão de um ano, muita coisa mudou para o treinador. Nos meses anteriores à Copa, Tite estrelou diversos comerciais e foi o rosto escolhido para representar inúmeras marcas. Agora, o técnico mal aparece, não dá entrevistas, e são raras as aparições públicas.

O ‘sumiço’ pode ser interpretado como um reflexo do fracasso na tentativa de trabalhar fora do país. No entanto, já era sabido que Tite tiraria um tempo para si e para a família, longe dos gramados, após seis anos comandando a seleção brasileira.

Fracasso na Copa impacta?

Com o anúncio de que sairia da seleção após a Copa do Catar, o plano de Tite parecia claro. O Brasil era um dos grandes favoritos, com excelente campanha durante toda a Eliminatórias e um futebol vistoso, que encheu os torcedores de esperanças.

O sonho do hexacampeonato parecia próximo e, uma vez que se concretizasse, estava pavimentado o caminho de Tite rumo ao mercado europeu. Só esqueceram de combinar com a Croácia.

A derrota nos pênaltis, depois de um jogo em que se mostrou incapaz de apresentar alternativas para enfrentar os croatas, evidenciaram uma nítida falta de repertório, uma incapacidade de se adaptar a diferentes cenários.

Requisitos fundamentais para quem quer se aventurar no futebol de mais alto nível. Na Europa, não estão só os melhores jogadores, mas também os melhores treinadores, que usam estratégias diversas.

Enquanto aguarda por uma proposta que o atraia, Tite será apenas um entre milhões de espectadores que vão acompanhar a estreia da seleção brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

O Brasil, agora treinado por Fernando Diniz, encara a Bolívia, às 21h45 (de Brasília), no estádio Mangueirão, em Belém (PA).

 

Fonte: R7

Foto: Divulgação