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Manaus – O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e militares do Exército Brasileiro e Marinha do Brasil, neutralizaram 43 balsas que operavam ilegalmente na extração de ouro na calha dos rios Puruê e Japurá, nos municípios de Japurá e Maraã, no Amazonas. A Operação “Ágata Amazônia 2023”, realiza o combate de delitos ambientais e outros crimes que ameaçam o oeste do estado, em região próxima à fronteira com a Colômbia.

Embarcações, maquinários e combustíveis relacionados às infrações foram apreendidos. Também foram desmantelados acampamentos que serviam como base de apoio para as práticas ilegais, que ocorriam inclusive dentro de áreas protegidas, como Unidades de Conservação (UCs) e Terras Indígenas (TIs) da região.

Entre multas e apreensões, são estimados prejuízos em torno de R$ 90 milhões aos infratores.

Os danos causados pelo garimpo ilegal incluem desmatamento, contaminação dos rios e destruição de habitats naturais, e vão além dos danos ambientais, com impactos diretos nas comunidades indígenas e ribeirinhas, que dependem dos recursos naturais para sua subsistência e preservação de sua cultura. Além disso, a atividade atrai grupos criminosos, tornando a região um foco de violência e insegurança.

Ainda, cerca de 600 kg de alimentos não-perecíveis foram encontrados em perfeito estado nas dragas ilegais, sendo doados pelos agentes a comunidades locais, por meio de ações solidárias.

Além do Ibama, participaram das ações a Polícia Federal (PF), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Companhia de Operações Especiais (COE) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

A operação conjunta evidencia o compromisso do Governo Federal em combater os crimes ambientais na região amazônica, implementando medidas rigorosas a fim de proteger o patrimônio natural brasileiro e assegurar sua preservação a longo prazo.

Fonte: R7