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A Prefeitura de Manaus promove, nesta quarta e quinta-feira, 26 e 27/7, uma oficina para qualificação de profissionais da rede pública de saúde em triagem neonatal, o chamado “teste do pezinho”. Realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) e a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam), a atividade visa a ampliação da oferta do exame nas unidades da rede municipal.

Ao todo, 162 profissionais participarão da oficina, sendo 106 técnicos de enfermagem, enfermeiros e técnicos em patologia clínica que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) na rede municipal, e 56 servidores da SES-AM. Eles compõem quatro turmas na formação, que inclui uma aula teórica com carga horária de 4 horas e 30 minutos, ministrada por profissional da FHemoam e realizada no auditório da fundação, e aulas práticas no total de 20 horas, nas maternidades das redes municipal e estadual.

A enfermeira Janaína Sá Terra, chefe do Núcleo de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente, que coordena a formação pela Semsa, pontua que a oficina integra estratégia visando a ampliação da oferta do teste do pezinho nas unidades básicas e na maternidade da rede municipal, elevando a cobertura de nascidos vivos com a testagem. A coleta do exame hoje é ofertada em 44 unidades da atenção primária.

“Nessas 44 unidades, a coleta é realizada principalmente no período da manhã, e queremos ampliar o serviço para o período da tarde. E vamos implementar a coleta em outras 23 unidades, chegando a 67 unidades da atenção primária com a oferta do teste do pezinho”, informou.

Janaína explica que o teste do pezinho é realizado a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê e permite identificar condições graves, dentre elas hemoglobinopatias e doenças endócrinas e metabólicas. O diagnóstico precoce, aponta a enfermeira, possibilita o tratamento em tempo oportuno e a redução do impacto das doenças, que podem causar danos sérios à saúde, se não forem tratadas cedo.

“Isso reduz as complicações e o risco de morte entre bebês diagnosticados com a ajuda do exame. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhor a qualidade de vida das crianças”, enfatizou.

O procedimento deve ser feito após 48 horas de vida do bebê, para assegurar resultados mais confiáveis. “Se o exame não for coletado na maternidade antes da alta da mãe, pode ser feito até 28 dias de vida”, orientou a técnica da Semsa Manaus.

*Programa*

O teste do pezinho é realizado no Sistema Único de Saúde (SUS), dentro do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), coordenado pelas pastas estaduais de saúde e operacionalizado pelas pastas municipais, principal porta de entrada do sistema público de saúde. Criado em 2001, o programa abrange todos os estados brasileiros e, em 2017, atingiu 84% de cobertura dos nascidos vivos na rede pública.

*Foto* – Divulgação / Semsa