TCE
 A saída de Renato Aragão da Globo, revelada em
primeira mão pela coluna de Maurício Stycer nesta terça-feira (30), confirma
não apenas a nova política de contratos da emissora, mas revela também que o
intérprete de Didi, em “Os Trapalhões”, não teve os mesmo privilégios
que outros nomes do canal, que chegaram a assinar um acordo vitalício pelos serviços
prestados ao canal.
 São poucos os que ganharam tal benefício. Um
dos casos conhecidos é o de Eva Todor (1919-2017), pioneira na história da TV
brasileira, que, sozinha, ganhou da emissora amparo até seus últimos dias. Há
quem afirme que Manoel Carlos, autor de “Laços de Família” e
“Mulheres Apaixonadas” gozaria do mesmo benefício. Orlando Drummond,
conhecido pelo Seu Peru, da “Escolinha do Professor Raimundo”, também.
 Quem não assina um compromisso pela vida toda
pode se beneficiar, no entanto, de uma cláusula de fidelidade. Ou seja: quando
o contrato chega ao fim, a Globo tem prioridade na negociação de novo acordo.
Isto se aplica a atores como Antonio Fagundes, Tony Ramos e Lima Duarte, considerados
medalhões da casa.
 Apesar de raro, o contrato vitalício já foi
recurso em outras emissoras. No SBT, Silvio Santos se comprometeu a cumprir o
acordo com Dercy Gonçalves (1907-2008) e assim o fez até o final da vida da
humorista.
 Nos últimos tempos, a Globo abriu mão de
grandes nomes. Já deixaram o canal Aguinaldo Silva, Miguel Falabella, Bruna
Marquezine, Bruno Gagliasso, Otaviano Costa, Vera Fischer, Regina Duarte,
Reginaldo Leme, Stênio Garcia e Zeca Camargo.
 Os 44 anos de trabalho ininterruptos de Renato
Aragão não foram repetidos por seu companheiro de “Os Trapalhões”,
Dedé Santana, que, por muito tempo, ficou sem contrato com a Globo.
Fonte: Portal UOL
Foto: Divulgação