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Câmeras do hotel onde estava hospedada a delegação do Botafogo-SP, semana passada, registraram a movimentação no corredor no dia em que uma jovem afirma ter sido estuprada por três dos atletas.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima teria conhecido Lucas Delgado momentos antes, numa boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O casal teria combinado de ir para o hotel, onde fez sexo consensual.

Mas, por volta das 4h, João Diogo e Eduardo Hatamoto teriam entrado no quarto do casal e forçado a vítima a manter relações com eles. Com a recusa da mulher, os suspeitos a teriam agredido e ofendido.

Os registros não mostram agressões. É possível ver Lucas e a mulher voltando da balada e o momento em que João e Eduardo chegam. João aparece tirando a bermuda no corredor do hotel, ficando só de cueca.

Policiais da 4ª DP (Praça da República) investigam o caso.

Nesta segunda-feira (3), João Diogo prestou depoimento na 4ª DP (Praça da República), no Centro do Rio. O atleta não quis falar com a imprensa.

“Nesse momento, ele não tem nada a declarar. Ele é inocente. Ele está aqui por livre e espontânea vontade para comprovar a inocência dele”, afirmou a advogada Graciele Queiroz.

“Ele não invadiu quarto algum, o quarto 818 era o quarto dele, ele não invadiu, ele estava entrando no quarto dele para dormir, depois de uma festa”, emendou.

DETALHES DA AGRESSÃO 

A mulher detalhou a denúncia em entrevista ao RJ2.

Depois de jogar em Resende, no interior do estado, no domingo (25), os jogadores do Botafogo de Ribeirão – time da série C do Campeonato Brasileiro – vieram para o Rio comemorar a vitória em uma boate da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

Foi onde a mulher conheceu um deles: o argentino Alexis Lucas Delgado concordou em ir para o hotel onde ele estava hospedado, no Santo Cristo, Região Portuária. Ela disse que concordou em fazer sexo com o atleta, mas reclamou de Lucas Delgado não fazer uso de preservativos.

“Consentido até uma parte. Ter relação com ele, não desse jeito, sem camisinha”, disse a mulher.

Por volta das 4h de segunda-feira (26), segundo ela, outros dois jogadores entraram no quarto e a forçaram a fazer sexo com eles. Ela negou e aí teriam começado outras agressões.

“Os dois entraram. Aí começaram já a querer a passar a mão em mim. Eu falando não, não quero. Não quero. Foi a hora que ele deu uma mordida no meu peito”.

Agentes da 4ª DP acompanharam a vítima para atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, onde ela tomou medicação contraceptiva e contra HIV. Após ser medicada, ela fez exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

 

Fonte: G1