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Passageiros e funcionários usam máscaras de proteção no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos - Zanone Fraissat/Folhapress
A pandemia de coronavírus fez as companhias aéreas reduzirem drasticamente seus voos no Brasil. Algumas empresas estrangeiras simplesmente deixarão de voar para o país, como é o caso da American Airlines, enquanto outras suspenderam voos ou adiaram o início das operações brasileiras.
 A crise causada pelo coronavírus é vista pelo mercado como a mais grave da aviação. Além do temor dos passageiros em viajar em tempos de pandemia, muitos países fecharam suas fronteiras. É o caso do Chile e da Argentina. Apenas cidadãos desses países podem viajar.
“Decidimos fechar todas as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas de nosso país para o trânsito de estrangeiros. Isso não afetará a entrada e saída de cargas”, disse o presidente chileno, Sebastian Piñera, anunciando a medida que começará a vigorar a partir desta quarta-feira.
O cancelamento de voos tem afetado o mundo inteiro e muitas companhias aéreas têm orientado a só viajar se estiverem voltando para casa. Para viagens de lazer, a recomendação é que elas sejam adiadas. 
Veja a situação das companhias aéreas que operam no Brasil:
Latam
 O grupo Latam cortou cerca de 70% de todos os seus voos. A medida afetou 90% dos voos internacionais e 40% das operações domésticas. Os passageiros com voos afetados e com partidas programadas a partir de hoje podem reprogramar seus bilhetes até 31 de dezembro, sem nenhum custo adicional. 
“Tomamos essa decisão complexa devido à impossibilidade de voar para grande parte de nossos destinos devido ao fechamento de fronteiras. Se as restrições de viagens sem precedentes forem estendidas nos próximos dias, não descartamos sermos forçados a reduzir ainda mais nossas operações”, disse Roberto Alvo, atual vice-presidente de negócios e próximo CEO.
Azul
 A Azul cancelou a partir desta segunda-feira (16) todos os voos internacionais, exceto os que partem de Campinas (SP). Ainda assim, a empresa já havia anunciado anteriormente a suspensão da rota Campinas ao Porto (Portugal) e o adiamento do início das operações do voo entre Campinas e Nova York (EUA). 
Segundo a empresa, haverá uma redução na capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março, e entre 35% a 50% em abril e meses seguintes, até que a situação se normalize. A partir da semana que vem, a Azul vai suspender até 30 de junho as operações em 11 cidades: Bariloche (Argentina), Lages (SC), Pato Branco (PR), Toledo (PR), Ponta Grossa (PR), Guarapuava (PR), Araxá (MG),Valença (BA), Feira de Santana (BA), Paulo Afonso (BA), Parnaíba (PI).
Gol
 Em comunicado ao mercado, a Gol afirmou que reduzirá sua capacidade total em aproximadamente 60% a 70% até meados de junho, sendo uma redução de 50% a 60% no mercado doméstico e uma redução de 90% a 95% no mercado internacional. 
Apesar do corte drástico de voos, a companhia afirmou que não deixará de voar para nenhum destino doméstico. “Ajustar nossos voos para refletir a mudança na demanda dos clientes é sensato, prudente e consistente com nosso posicionamento de líder de mercado”, afirmou Eduardo Bernardes, vice-presidente de vendas e marketing da Gol. 
Para o futuro, a Gol afirmou que mantém seus planos de negócios para médio e longo prazos. “Vários cenários foram analisado e gatilhos específicos definidos para executar outras ações. A GOL está pronta para ajustar sua oferta de voos de maneira ágil e racional, até que os níveis de demanda de Clientes voltem à normalidade”, afirmou a empresa. 
Voepass 
A companhia aérea regional, antiga Passaredo, afirmou que, diante da drástica queda no número de passageiros, reduziu a oferta de voos, mas sem citar as rotas ou quantidade de voos. “Aos passageiros que tiveram seus voos cancelados, estamos trabalhando para acomodá-los dentro da oferta dos voos operados pela Voepass e pelas empresas congêneres e também flexibilizando as regras tarifárias, permitindo sem qualquer penalidade ou prejuízo, a opção pela remarcação em data futura”, afirmou a empresa.
 Além disso, a Voepass afirmou que para os passageiros que já compraram seus bilhetes para voar nos próximos dias, mas querem evitar suas viagens por conta da pandemia, a empresa flexibilizou as regras tarifárias, deixando de cobrar multas pela remarcação dos seus bilhetes e permitindo a utilização futura dos bilhetes sem qualquer penalidade.