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*Valer lança livro ‘Cantos e danças – uma antropologia da musicalidade Sateré-Mawé’, de Clarinda Ramos, no dia dos Povos Indígenas*

 

No dia em que se celebra os Povos Indígenas, 19 de abril, às 18h, a Editora Valer realiza o lançamento do livro ‘Cantos e danças – uma antropologia da musicalidade Sateré-Mawé’, de Clarinda Maria Ramos. O evento acontecerá no Casa de Comida Indígena Biatüwi, localizado na rua Bernardo Ramos, n.º 97, Centro.

 

O livro descreve a cultura de cantos e danças do povo Sateré-Mawé, demarca uma trajetória permeada por travessia cheia de desafios e conquista. No livro, Clarinda, que é indígena, tendo como base as referências antropológicas, durante o trabalho de campo junto à sua família no Baixo Amazonas e sua narrativa pessoal, nos faz mergulhar na cosmologia, a partir das músicas e danças do seu povo. Portanto, o livro “Cantos e danças: uma antropologia da musicalidade Sateré-Mawé” é uma rica contribuição para os campos de estudo da etnomusicologia brasileira.

 

A autora proporciona uma leitura na qual a sua trajetória compõe, com os diálogos recolhidos dos seus parentes, um documento importante para refletirmos sobre a situação atual dos indígenas nortistas e a relação deles com as igrejas que lá se estabeleceram.

 

Para Jeiviane Justiniano (UEA), responsável pela apresentação do livro, “A obra é um convite ao leitor para conhecer o universo das cantorias e danças Sateré-Mawé a partir da perspectiva feminina indígena.

 

Ainda segundo Justiniano, ela relata como as cantorias são instrumentos que movem a pessoa Sateré-Mawé e refletem as mudanças na vida de seus parentes, principalmente as ressignificadas nas relações interculturais com os não indígenas.

 

De acordo com a professora doutora em Filosofia, autora do livro ‘Para aquém ou para além de nós’ e coordenadora editorial da Valer Neiza Teixeira, “Clarinda Ramos faz parte do grupo de indígenas brasileiros que dominam a Língua Portuguesa e têm preparação acadêmica. Nesta obra, a autora, após uma longa trajetória na cidade, retorna à sua comunidade original para levar conhecimentos e recolher o que permanece adormecido na memória dos seus parentes”.

 

Deise Lucy Oliveira Montardo, professora colaboradora no PPGAS/Ufam, professora visitante no PPMUS/UFBA, pesquisadora do INCT Brasil Plural, que escreveu o prefácio do livro diz que:

 

“Temos aqui uma leitura prazerosa e de profundo aprendizado para um público amplo, acadêmicos das artes e das humanidades, bem como para interessados nas questões indígenas e no entendimento do Brasil e da América Latina, de forma geral. Um texto escrito de dentro da Antropologia, com corpo e emoção, num lindo e forte re-encontro da Clarinda com sua história, uma literatura imprescindível”.

 

 

*Sobre a escritora*

 

Clarinda Maria Ramos é mãe de quatro filhos, indígena do povo Sateré-Mawé, é artesã, chef de cozinha da Casa de Comida Indígena Biatuwi, pedagoga formada pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA, mestra em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas – PPGAS – Ufam, doutoranda pelo mesmo Programa – PPGAS – Ufam e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena – Neai.

 

 

*Sobre a Valer*

 

 

Com atuação de mais de 30 anos, com publicações focadas na Amazônia, a Livraria Valer possui mais de 2 mil obras publicadas, com livros que vão desde a Poesia até o Direito e pesquisas cientificas.

 

Ressaltando tanto autores contemporâneos quanto obras clássicas, como “Simá (2011, Editora Valer), de Lourenço Amazonas, e “Poranduba amazonense” (2018, Editora Valer), de Barbosa Rodrigues.

 

Ainda em 2024, a editora Valer voltará a ter sua loja física, no Largo São Sebastião, no centro de Manaus.