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Amazonas – O gringo Simon Gurney, 26 anos, gostou tanto do sanduíche amazonense que resolveu eternizar a iguaria local no próprio corpo. Segundo ele, são no mínimo três x-caboquinhos no café da manhã, e alguns mais durante o dia.

Segundo Simon, ele come três x-caboquinhos por dia. “Eu pensei muito sobre o que eu mais quero deixar registrado no meu corpo. E cheguei nessa conclusão: todo dia eu acordo feliz, ansioso, empolgado para comer 3 x-caboquinhos (…) Para mim, é um símbolo da felicidade, espírito de contentamento que senti aqui durante a minha estada em Manaus”, escreveu o australiano antes de fazer a tatuagem.

Simon relata que está fazendo um mochilão pelos estados brasileiros para aprender sobre a cultura, idioma e gastronomia. Ele desembarcou em Manaus no dia 1º de fevereiro, mas ainda não possui data para ir embora.

Simon, que é professor de inglês, contou como surgiu o interesse pelo Brasil e o motivo que o levou sair da Austrália para desbravar terras brasileiras.

“Sou de Brisbane, mas morei grande parte da minha vida em Sydney onde dava aula de inglês e um pouco de português. Na casa em que morava tinha um grupo de sete brasileiros e foi onde fui apresentado à cultura brasileira, isso no Natal de 2016. A partir daí quis aprender o português brasileiro, fiz amigos, fui praticando, uma coisa leva a outra e hoje estou aqui depois de seis anos”, contou Simon.

Primeiras impressões

Simon está desde outubro do ano passado no País. De lá para cá, pode conhecer diversas cidades do Sudeste e Centro-Oeste.

Quando questionado sobre suas primeiras impressões, o professor australiano não hesitou em dizer que a principal característica do brasileiro é sua energia calorosa.

“Aqui é uma terra muito energética. No Brasil em todo lugar você é muito bem recebido, todo lugar é caloroso e divertido. Eu iria ficar apenas sete semanas. Cheguei aqui depois de uma semana, cancelei minha passagem de volta e já estou completando 13 semanas viajando pelo Brasil”, acrescentou.

‘Estrada pra que te quero’

São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre são os estados brasileiros em que o professor de inglês já visitou. Simon ressalta ainda que fez todo esse trajeto por meio de rodovias interestaduais.

“Cheguei em São Paulo no final de outubro, fiquei um mês lá e fiz um tour pelo Sudeste, fui pra Minas, Espírito Santo e Rio. Daí subi para o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, conheci Cuiabá e as cidades perto, fui para Acre, passei por Humaitá, Careiro Castanho e agora estou aqui Manaus. Fiz tudo pela rodovia, de ônibus”, destacou Simon.

Desafios na língua

Fluente no português brasileiro há seis anos, o professor conta que os principais desafios que enfrentou nos primeiros anos aprendendo o idioma foi a flexão de gênero dos substantivos e a conjugação dos verbos.

“A parte mais difícil inicialmente foi a divisão dos gêneros. Em inglês não temos isso, é tudo neutro. Todo substantivo é neutro. Já em português temos o masculino e o feminino. Às vezes nem regularmente, isso é só para confundir o gringo mesmo (sic). Tem também as conjugações dos verbos, mas depois que pega o jeito, fica mais fácil. Até agora a palavra mais difícil que encontrei para falar é ‘manauara'”, brincou o professor tentando pronunciar o termo.

Fonte: A Crítica