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Foto: Fabiana Libertholdo

Monteiro Assessoria e R Martins Agenciamentos celebram união com o intuito de potencializar a carreira de artistas e movimentadores culturais negros

Realizando trabalhos em conjunto desde novembro de 2020, Laís Monteiro, a CEO por trás da Monteiro Assessoria e Rudson Martins, o CEO da R Martins Agenciamentos, conectados e visionários no universo do empreendedorismo, perceberam que como uns dos poucos ou únicos negros e empresários de seus ramos de atuação, unir forças para pensar e atuar coletivamente seria a chave para alavancar suas carreiras e a de artistas e movimentadores culturais negros das 5 regiões do Brasil.

Qualidade ou caráter do que é coletivo. É assim que a coletividade é descrita ao buscarmos o seu significado no dicionário ou até mesmo em sites de pesquisas. Teoricamente, tudo aquilo que é coletivo surge com o intuito de organizar e alinhar pessoas e propósitos a um objetivo comum. Na prática, é o que as empresas Monteiro Assessoria e R Martins Agenciamentos têm feito.

#BlackExcelence, como intitulam esse movimento de atuação estratégica coletiva, nasceu para atender uma demanda comum de artistas, influencers, micro empreendedores, e comunicadores negros; a necessidade de um mercado justo, bem remunerado e que tenha o propósito de fortalecer as comunidades e pessoas que existem por trás dessa cadeia empregativa.

Artistas como Reinaldo Júnior, presente no especial Falas Negras da Rede Globo, Vitória Rodrigues, cantora, compositora e cordelista presente no De Repente Versão da GNT, e Tarso Gentil, artista que recentemente expôs suas obras no palco do Encontro com Fátima Bernardes, já fazem parte desse movimento e puderam experienciar o poder dessa unidade.

Como tudo começou
Ator desde os 9 anos de idade, o carioca Rudson Martins, em suas empreitadas no teatro e nas telas do cinema, já imaginava que o caminho trilhado no futuro seria diferente, dessa vez não mais sob os palcos. No auge da sua adolescência e início da juventude, em um período de definição de identidade e imagem, sentir que não pertencia a lugar nenhum o trouxe de volta para onde sempre soube quem era, a Zona Oeste do Rio de Janeiro, sua casa.

Foi na ZO que Rudson iniciou seu primeiro negócio, e agora por trás dos palcos. Nascia ali a CIA de Teatro Megaroc – Coragem, se você ler ao contrário -, espaço destinado a potencialização e capacitação de artistas negros. Estreando peças e adaptações, foi com “Retalhos de uma Favela” obra pensada para o público dos bairros que formam a Zona Oeste do Rio que a companhia teve o reconhecimento desejado. “Sempre tive uma visão de negócio para a arte.” conta o agenciador. Contudo, afetado pela pandemia de covid-19, como tantos outros artistas, produtores e produtos culturais do Brasil, a CIA precisou dar uma pausa.

Durante todo esse período Rudson já exercitava e colocava em prática um desejo que surgia não só da sua postura de visionário e empreendedor, mas dos incômodos pessoais vividos como artista preto no Rio de Janeiro, o de se tornar agenciador de talentos. Criou então a R Martins Agenciamento, tornando-se o 1º agenciador de talentos negros da cidade. Em maio deste ano, através da R Martins, lançará o primeiro streaming exclusivo de uma agenciadora de talentos.

Já com a macaense Laís Monteiro, a história foi diferente. Ainda em uma jornada de trabalho com assessoria política e na edição da organização Desabafo Social, somados a seus mais de dez anos trabalhando com comunicação, após alguns chopes e uma troca de contatos em uma mesa de bar depois de assistir uma peça teatral na cidade do Rio de Janeiro, recebeu um convite do ator, produtor, dramaturgo e empresário Licínio Januário, para prestar assessoria para o espetáculo “Será que Vai Chover?, sem saber que após aquele sim, sua vida e carreira mudariam para sempre.

Acaso ou destino, durante a maratona de peças que surgiram após “Será que vai chover?”, entre elas, “Esperança na Revolta”, vencedora do Prêmio Shell de 2019, nasceu a Monteiro Assessoria, empresa com mais de 45 projetos assessorados em menos de 3 anos e que hoje se destina a conduzir e promover a carreira de artistas e a imagem de projetos com foco em diversidade, cultura e impacto social.

Ainda que adentrando no mercado de assessoria de imprensa cultural por vias não convencionais, Laís e a Monteiro Assessoria são um case de sucesso dentre as poucas assessorias de comunicação e imprensa gestadas por pessoas negras. Com um currículo de artistas já assessorados como as humoristas Bruna Braga e Fernanda Arantes, a atriz e cordelista Vitória Rodrigues, o jornalista e atleta Diego Moraes, o ator Reinaldo Júnior, entre outros, além de espetáculos como Esperança na Revolta, Lótus, A Saga de Dandara e Bizum a Caminho de Wakanda, Meus cabelos de Baobá, Ricardo III – Um Homem do Seu Tempo, Os Desertos de Laíde, o segundo maior evento de cultura negra do país, o “Encontro Das Pretas”.

por Brenda Cruz – Monteiro Assessoria