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Integrantes do segundo grupo prioritário infantil para a vacinação contra a Covid-19, indígenas de 5 a 11 anos das 35 etnias que residem no Parque das Tribos, zona Oeste da capital, começaram a ser vacinadas na manhã deste sábado, 29/1, pela Prefeitura de Manaus.

 

Para a ação, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) montou um ponto temporário de atendimento na Escola Municipal Tereza Cordovil, que segue aberto até as 14h. Equipes volantes também foram montadas pela Divisão de Imunização da Secretaria para percorrer a região, alcançando as localidades mais distantes.

 

A titular da Semsa, Shádia Fraxe, acompanhou o início dos trabalhos e destacou o empenho dos vacinadores em levar a vacina até os grupos prioritários. Ela informou que, antes da ação, foram feitas rodas de conversa para mostrar aos pais a importância de imunizar as crianças contra a Covid. “Os pais estão confiantes e trazendo seus filhos para vacinar, com a esperança de que logo a gente saia dessa pandemia”, disse.

 

O cacique Ismael Munduruku, líder da comunidade, destacou a atenção que a prefeitura vem dando à comunidade, onde será construída a primeira Unidade Básica de Saúde, especialmente desenhada para o atendimento indígena. Para o líder,  as crianças, estão ansiosas para voltar à rotina de estudos e brincadeiras. “A vacina representa a oportunidade mais segura, para que isso aconteça em breve”, pontuou.

 

Nas primeiras horas de atendimento, haviam sido vacinadas 90 crianças, apenas no ponto de atendimento da escola. Um deles foi o pequeno Gabriel Tenório Pimentel, de 6 anos. Ele foi levado pela mãe, Ivania Tenório Pimentel, que, agradecida, disse que ela também já tinha sido vacinada e agora aguarda a hora do reforço.

 

No local, as equipes ainda fizeram o atendimento dos adolescentes e adultos que não haviam completado o esquema vacinal contra a covid, como Edineia Peixoto Bosco, de 12 anos. Ela foi à escola receber a segunda dose da vacina.

 

“Ainda bem que eu me vacinei”, disse, lembrando que a família perdeu várias pessoas queridas para a Covid e que agora se sente mais segura.

 

Além do Parque das Tribos, a prefeitura já esteve nos abrigos dos imigrantes venezuelanos da etnia warao, onde 30 crianças receberam a primeira dose da vacina.

 

Indígenas e quilombolas fazem parte do grupo prioritário 2 da vacinação infantil, juntamente com os quilombolas, que também já começaram a ser imunizados pela prefeitura.

 

Mais acesso

 

Além da vacinação no Parque das Tribos, a Prefeitura de Manaus está com cinco pontos estratégicos para a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, com comorbidades e deficiências, e de 6 a 11 anos, sem doenças preexistentes, distribuídos nas quatro zonas geográficas da cidade e com funcionamento até as 16h.

 

Entrou em funcionamento neste sábado, 29, o ponto de atendimento do Studio 5 Centro de Convenções, na zona Sul, que soma-se aos demais locais que operam desde o último dia 17: Parque da Criança, na zona Sul; Sesi, na zona Leste;  Centro de Convivência Magdalena Arce Daou, na zona Oeste; e shopping Manaus Via Norte, na zona Norte.

 

Em visita ao novo ponto, a secretária Shádia Fraxe disse que a vacinação das crianças exige alguns requisitos de cuidados estabelecidos pela Anvisa. Entre eles, o impedimento da oferta de outros imunizantes, a proibição de atendimento de outros públicos e, ainda, a necessidade de permanência do menor no local por 20 minutos, para observação.

 

“Por este motivo, não podemos ter uma grande quantidade de pontos como temos para os adultos. Sempre foi uma orientação do prefeito David Almeida a descentralização da campanha, mas neste caso temos essas restrições e a ampliação dos locais de vacinação tem que ser feita com muito cuidado”.

 

A secretária salientou que, para melhorar o acesso das crianças à vacina, a prefeitura abre, na próxima segunda-feira, 31, quatro pontos temporários de atendimento em escolas da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

 

Nesses locais serão vacinadas as crianças matriculadas na rede municipal de ensino e ainda as crianças da faixa etária contemplada na campanha que, mesmo não matriculadas, residam no entorno.

 

 

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Texto – Andréa Arruda / Semsa

Fotos – Camila Batista / Semsa