Só após o reencontro, a mãe contou a Gilberto que a família enfrentava problemas financeiros e que, um dia, o pai biológico o vendeu para um homem, enquanto ela estava fora.
“Minha mãe saiu desesperada me procurando, e a história estava quase chegando neste homem [que comprou a criança]. Ao invés de me devolver para minha mãe, ele resolveu me dar para um orfanato, e mandar sumir comigo, arrumar uma família para mim”, afirma Gilberto. Através do orfanato, Gilberto chegou a seus pais adotivos, que não podiam ter filhos biológicos.
A mãe biológica ainda afirmou a Gilberto que ficou todos esses anos procurando e esperando pelo filho. “Todo dia do meu aniversário minha mãe fazia um bolo e comemorava. Ela dizia: ‘eu tinha certeza no meu coração que você ia voltar, então eu fazia todo mundo comemorar. Sempre orando e pedindo para Deus”, relatou.
CRIME PRESCRITO
O caso nunca foi levado à polícia ou à Justiça e o crime praticado pelo pai de Gilberto já prescreveu. O Código Penal brasileiro estabelece que crimes com pena máxima de até 4 anos, como este, prescrevem em 8 anos a partir da data em que foram praticados.
Após a história toda ser esclarecida, o pai biológico de Gilberto teria pedido perdão a ele em um reencontro em Curitiba, e justificado a venda do filho como o que ele achou ter sido certo fazer na época, quando a família passava por muitas dificuldades financeiras.
Fonte: Diário do Nordeste