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PAÍS| Com brincadeiras sensuais e até oferecendo programa, Maxwell de Araújo Cardoso, cujo nome social é Bruna Rayalla, enganava as vítimas para furtar celulares e carteiras em bairros da Zona Sul do Rio. Ao menos três casos de furtos cometidos pela criminosa foram registrados por câmeras de segurança de Copacabana.

Depois de duas semanas de investigação, policiais da 13ª DP (Ipanema) prenderam Bruna, na noite de sábado (1º). Ela é considerada uma das maiores ladras de Copacabana.

Em um dos vídeos, Bruna aborda um homem no meio da rua e oferece um programa. Ela, então, esfrega seu corpo no da vítima e, em seguida, pega o aparelho celular que estava no bolso de trás da calça do homem, sem ele notar. Depois, vai embora tranquilamente.

Em uma segunda ocasião, Bruna brinca com um casal que passava por uma calçada. Ela se insinua para o homem, rebola e pega o aparelho celular sem que ele perceba. Desta vez, um comparsa da mulher chega de carro e ambos vão embora.

Um outro vídeo mostra um terceiro homem sendo abordado na porta de um prédio pela criminosa. Pelas imagens é possível ver Bruna puxando o telefone da mão do homem e o repassando para uma outra mulher.

Polícia investiga quadrilha

A Polícia Civil segue investigando para identificar os outros criminosos da quadrilha e os receptadores dos telefones celulares furtados.

De acordo com a polícia, Bruna foi presa em São Cristóvão, na Zona Norte, em um conhecido ponto voltado para a prática de programas sexuais, por volta das 22h.

Os investigadores dizem que ela se aproveitava de sua aparência para se aproximar, principalmente, de turistas e furtar seus celulares e carteiras.

As investigações da 13ª DP (Copacabana) começaram depois da suspeita da participação de Bruna num roubo, praticado com dois comparsas não identificados, com arma de fogo, faca, estilete e pedaço de madeira para intimidar as vítimas. Os três suspeitos teriam abordado e assaltado dois casais que estavam sentados na orla de Copacabana. Depois do crime, eles fugiram num carro, de acordo com as investigações.

No sistema da Polícia Civil consta que há mais de 10 anos Bruna vem praticando furtos, com dezenas de registros de ocorrência, sempre da mesma forma. Ela foi detida sete vezes, e ficou presa entre 2014 e 2017.

Ao deixar a prisão, segundo a polícia, ela voltou a furtar celulares e carteiras das vítimas. Policiais informaram que ela está em prisão temporária e será submetida a reconhecimento pelas vítimas.

Ela também vai responder pelos crimes de extorsão praticada contra vítimas que pagaram para manter relações sexuais com ela.

Além de Copacabana, área com muitos turistas, Bruna também atuava em São Cristóvão, na Zona Norte, e no Centro do Rio, em pontos de oferecimento de programas sexuais, segundo a polícia.

Com informações do G1*