TCE

Manaus – A suspensão “tardia” do concurso público da Polícia Militar do Amazonas, por ato do conselheiro Ari Moutinho, do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), foi repercutida pelo deputado Belarmino Lins (Progressistas), na manhã desta quinta-feira (3), na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).

“Não entro no mérito da decisão do conselheiro, entro, sim, no mérito da questão tempo, pois se trata de uma decisão tomada há poucas horas da realização do concurso”, desabafou o líder progressista em discurso da tribuna da Aleam. “Provavelmente, a esta hora ainda existam pessoas remando em canoas a caminho das cidades-polo para se submeterem ao concurso, um quadro bastante lamentável,”, disse o parlamentar, indignado com a suspensão que atingiu mais de 40 mil candidatos ao certame.

Em aparte, os deputados Tony Medeiros (PSD), Dermilson Chagas (sem partido) e Ângelus Figueira (DC) se solidarizaram com o pronunciamento de Belarmino, manifestando “constrangimento” com a suspensão do certame. “Questões como essa não podem continuar se repetindo, é preciso que haja prazo para isso, a Aleam precisa definir prazo para essas e outras situações”, disse Ângelus, destacando o pronunciamento de Belão.
Para Belarmino Lins, a suspensão, e o consequente adiamento do concurso, deve alertar o Parlamento Estadual para a adoção de medidas que previnam novas situações como essa no Amazonas. Nesse sentido, ele defendeu a elaboração de um projeto de lei que proíba a suspensão de concursos de forma abrupta, estabelecendo prazos mínimos para que tais decisões sejam tomadas.

Ao classificar de “desrespeito” a suspensão do certame, o deputado progressista enfatizou mais uma vez não questionar o mérito da decisão de Ari Moutinho, mas de “lamentar o drama de milhares de cidadãos inscritos no certame que, a custa de muitos sacrifícios, estão se deslocando até às cidades-polo para se submeterem ao certame. O drama envolve prefeitos que despenderam muita logística para ajudar no deslocamento de seus munícipes desejosos de fazer o concurso da PM, amargando grande decepção”.