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Brasil – Alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quarta sob acusação de ter supostamente adulterado seu cartão de vacinação, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter ficado “surpreso” com a operação e voltou a dizer que não tomou nenhuma vacina contra a Covid-19. Ele também negou que tenha havido adulteração “da sua parte”.

“O que é que eu tenho a dizer a vocês: eu não tomei a vacina. É uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, resolvi não tomar a vacina. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado. Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, a Janssen, e a outra, minha filha, que eu respondo pela Laura, de atualmente 12 anos, não tomou a vacina também, tenho laudo médico no tocante a isso”, disse o ex-presidente a jornalistas na frente da sua casa, em Brasília.

Bolsonaro então disse que não tinha mais nada o que falar e que estava se dirigindo para a sede do PL. Mas, novamente abordado pela imprensa antes de entrar no carro, voltou a se manifestar.

“Em momento nenhum eu falei que tomei a vacina e não tomei. Então realmente eu fico surpreso com a busca e apreensão. Eu acho que todo mundo é igual, todo cidadão é igual, mas fazer uma busca e apreensão na casa de um ex-presidente pra criar um fato, eu fico…”, declarou.

Questionado se imaginava que seria alvo de uma operação da PF, ele respondeu que “hoje em dia no Brasil tudo é possível”.

Já sobre a suspeita de que o seu cartão de vacina foi adulterado para que ele pudesse entrar nos Estados Unidos, o ex-presidente disse que o documento nunca lhe foi pedido em lugar nenhum.

“Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava pra tomar vacina, sim, natural. Eu resolvi não tomar, por que? Porque li a bula da Pfizer, só isso, mais nada”, afirmou.

O advogado Marcelo Bessa, que representa o ex-presidente, disse aos repórteres que a defesa ainda não teve acesso ao inquérito e que não tinha maiores informações sobre o motivo da busca e apreensão. Mas disse considerar o ato “arbitrário e precipitado”.

 

Fonte: VEJA