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Países farão testes do medicamento no tratamento da covid-19

 O Ministério das Relações Exteriores informou
que o governo dos Estados Unidos entregou ao Brasil 2 milhões de doses de
hidroxicloroquina, “como demonstração da solidariedade” entre os dois países na
luta contra o coronavírus. De acordo com nota divulgada este domingo (31) pelo
Itamaraty, em breve, o país norte-americano também enviará mil ventiladores
para o Brasil.
“A
HCQ [hidroxicloroquina] será usada como profilático para ajudar a defender
enfermeiros, médicos e profissionais de saúde do Brasil contra o vírus. Ela
também será utilizada no tratamento de brasileiros infectados”, diz a
nota. 
 O
ministério também anunciou um esforço de pesquisa conjunto entre Brasil e
Estados Unidos que incluirá testes clínicos controlados randomizados, para
avaliar a segurança e eficácia da droga, tanto para a profilaxia quanto para o
tratamento precoce do novo coronavírus. O desenvolvimento de uma vacina também
será objeto desse esforço entre os dois países, conforme ressaltou o ministro
das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Twitter.


  “Tendo
o presidente [Jair] Bolsonaro e o presidente [Donald] Trump conversado duas
vezes desde março, os dois países estão bem posicionados para continuar seu
trabalho conjunto no enfrentamento da pandemia do coronavírus, bem como em
outros assuntos de importância estratégica”, finalizou o Itamaraty.

 OMS

 Na semana passada, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) suspendeu os
testes com a hidroxicloroquina
em pacientes com covid-19
por questões de segurança. Anteriormente, a OMS já havia se manifestado contra
o uso do medicamento contra a covid-19. Originalmente, a droga é indicada para
o tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite.
 Apesar de ser defendida pelos presidentes
Bolsonaro e Trump como um possível tratamento para covid-19, segundo a OMS,
ainda não há evidências científicas que comprovem o benefício da cloroquina, e
seu derivado hidroxicloroquina, contra a doença causada pelo novo coronavírus.
 Ainda assim, o governo brasileiro incluiu os
medicamentos no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves
de covid-19,
mas alertou que eles podem causar efeitos colaterais
como redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e
arritmias e alterações visuais por danos na retina. Cabe ao médico a decisão
sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade
declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.
Foto: Divulgação