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Parintins, AM – A contagem regressiva para o Festival Folclórico de Parintins já encerrou. Nessa sexta-feira (24), os bois Caprichoso e Garantido retornaram à batalha – que estava dois anos parada por conta da pandemia da covid-19. Apesar da expectativa, ambos os bois precisaram deixar a arena do Bumbódromo às pressas e sem finalizar as tão esperadas apresentações.

O Boi Garantido ficou na responsabilidade de abrir a noite do festival. Com o tema ‘Amazônia do Povo Vermelho’, a primeira noite do boi encarnado foi voltada para as matizes indígena e cabocla.

Logo após o apresentador Israel Paulain balançar a ‘galera inigualável’, foi a vez de David Assayag emocionar ao defender o item de levantador de toadas do Garantido, após 10 anos fora do boi vermelho.

O Garantido apresentou um ritual gigantesco do rito do Krahô, ou seja, a ressurreição daquele que ainda não estava pronto para morrer.

Com uma apresentação de tirar o fôlego da galera vermelha e branca, o Garantido pecou durante a noite. Isso porque na última evolução de item, o boi Garantido já estava chegando no limite máximo da apresentação, que deve encerrar após 2 horas e 30 minutos.

Lado azul

O Boi Caprichoso não poupou recursos para surpreender os jurados. Logo na entrada, o apresentador Edmundo Oran e o levantador de toadas, Patrick Araújo, deixaram o Bumbódromo arrepiado.

Pendurados no maior guindaste do Brasil, o Caprichoso fez uma homenagem ao pop da selva, Arlindo Junior. Ao som de candelabros azuis, o boi Caprichoso iniciou a apresentação para o que ainda seria uma noite de surpresas que não parava por aí.

Dando início ao projeto ‘Amazônia, Nossa Luta em Poesia’, o Boi Caprichoso fechou a primeira noite do evento com a sensação de dever cumprido, segundo os torcedores fervorosos.

Um dos destaques da noite foi a alegoria de ‘A Friagem’, de Algles Ferreira. O ritual nunca contado anteriormente no festival, a alegoria gigante do artista Caprichoso fez povo de Parintins congelar.