TCE

A Polícia Civil do Amazonas por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu Claudiana Freitas, de 23 anos, nesta terça-feira (03), pelo crime de homicídio qualificado, contra sua filha Isabelly Eloize Soares Freitas, que tinha 6 anos. O caso aconteceu na cada da vítima localizada no bairro Cidade Nova 1, Parque Eduardo Braga na zona Norte da capital.

 

Durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (04), a delegada Joyce Coelho, titular da unidade especializada, informou que a mulher confessou o crime, tendo a mesma sufocado a menina com o próprio braço.

 

“O sistema de saúde recebeu uma criança de 6 anos de idade na noite do dia (02), essa criança foi internada e foi intubada. A equipe médica constatou alguns indícios de abuso sexual. Na manhã de ontem, por volta de 07h essa criança foi a óbito. A mãe, o pai e o padrasto da criança foram ouvidos na delegacia enquanto a gente aguardava o laudo técnico que apontasse a causa morte da criança. O laudo da necrópsia apontou asfixia, embora também a perícia constantasse abuso sexual”, disse a delegada.

 

Ainda de acordo com a polícia, o abuso está sendo investigado, mas frisou que não foi a causa da morte de Isabelly.

 

“O abuso sexual não era recente, ou seja, não cabia flagrante quanto a violência sexual, mas constou no boletim de ocorrência para que nesse mesmo inquérito seja apurado a autoria”.

 

MOTIVAÇÃO

 

Na delegacia, Claudiana foi ouvida novamente e relatou a motivação do crime.

 

“A mãe foi novamente ouvida e acabou confessando que sufocou a criança com o próprio braço. Segundo ela, ela estava sozinha em casa com a criança, vinha passando por problemas depressivos, planejava tirar a própria vida e segundo ela, não gostaria de deixar a filha sozinha. Ela conta que sentou com a criança na cadeira, pediu perdão da criança e asfixiou com o próprio braço”, disse a titular da especializada.

 

“A uma informação também trazida pelo genitor da criança, que no período da tarde em que aconteceu esse fato, ela teria entrado em contato com o pai da criança, pediu pra ele ficar com ela pois não estava se sentindo bem. O pai não pode, estava em outro município e não houve outro familiar pra ficar com ela, ou seja, a suspeita desse homicídio era ela, sempre foi ela porque era a pessoa que estava só com a criança”, relatou a delegada.

 

A autoridade policial explica ainda que a mulher pediu ajuda para o cunhado após o ocorrido.

 

“Quando ela percebeu que a criança estava desfalecendo ela chegou a pedir socorro de um cunhado e levaram a criança até o hospital, o vizinho também ajudou nesse socorro, só que a criança já estava bastante comprometida e acabou indo a óbito na manhã do dia seguinte”, disse a delegada.

 

ABUSO SEXUAL

 

O pai e o padrasto da criança cederam material genético para futura comparação. “Esse exame também foi requisitado para a perícia técnica, então vamos aguardar quanto a autoria da violência sexual”, frisou Joyce Coelho, titular da unidade especializada.