TCE
Alerta foi dado no programa Por dentro da Amazônia
 A preocupação com as queimadas nesta época do
ano na Amazônia foi o tema da edição de hoje do programa Por Dentro da Amazônia, que vai
ao ar na Rádio Nacional,
às segundas-feiras. “Todos os anos, quando chega o período de estiagem, ou
seja, o verão amazônico, o risco aumenta pois o clima e a vegetação ficam mais
secos com poucas nuvens e quase nenhuma chuva . Esses fatores naturais
favorecem aparecimento de focos de incêndio. Diferentemente da queimada
natural, o incêndio florestal é fogo fora de controle”, disse o vice-presidente
da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton
Mourão.
 
 Ao destacar o momento de pandemia do novo
coronavírus (covid-19), Mourão acrescentou que os problemas respiratórios de
pessoas infectadas pela covid-19 pode ser agravado pela fumaça vinda das
florestas. Ele lembrou ainda os sérios prejuízos financeiros das queimadas não
só às pessoas que vivem na Amazônia, mas ao país como um todo.
 “Sabemos que a cultura do fogo ainda existe no
campo, e essa tarefa não será fácil de ser enfrentada, mas é uma questão que
não podemos deixar de lado e é fundamental para que possamos demostrar ao
restante da sociedade brasileira e à comunidade internacional não só a nossa
capacidade, mas principalmente nosso comprometimento com a preservação da
floresta”, ressaltou.
 Hamilton Mourão lembrou que apesar de muitos
incêndios serem iniciados pelo desconhecimento de alternativas seguras, boa
parte deles é intencionalmente praticada de forma criminosa. Entre as ações que
provocam queimadas, ele destacou a rebrota de pastagens com a queima do pasto
feita indiscriminadamente, resultando em um incêndio incontrolável, além da
queima de plantas nativas para o plantio de lavouras e o uso de fogueiras e
incineração de lixo.

 Medidas

 Segundo o vice-presidente, toda Amazônia Legal
preocupa, no entanto, os esforços estão mais concentrados nas áreas com mais
risco de incêndio, aquelas que foram desmatadas. “Equipes de bombeiros e
brigadistas treinados em conjuntos com fiscais da Operação Verde Brasil II,
estão intensificando o seu trabalho de acompanhamento para deter focos de
incêndios que apareçam. Além do apoio aos estados da Amazônia Legal, com
orientações e atendimento às populações mais atingidas pelos efeitos da
fumaça”, disse Mourão.
 No dia 15 de julho foi editado um decreto que proíbe o emprego de fogo em
áreas rurais por um período de 120 dias
. A medida vale
para todo o território nacional.
 O Decreto Nº 10.424, de 15 de
julho de 2020, não se aplica para alguns casos, como nas práticas agrícolas de
subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas; nas práticas
de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas pelas
instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios
florestais no Brasil.
Foto: Força
Aérea Brasileira