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Brasil – Nesta quinta (21), a Polícia Federal começou a cumprir mandados de busca e apreensão contra a gerência técnica da companhia mineradora Braskem, numa investigação sobre o afundamento do solo que atinge cinco bairros de Maceió, capital de Alagoas, devido ao colapso de uma das minas operadas pela empresa.

São alvos dos mandados de busca e apreensão:

  • Diretor industrial da Braskem: Alvaro Cesar Oliveira de Almeida;
  • Gerentes de produção: Marco Aurélio Cabral Campelo; Paulo Márcio Tibana; Galileu Moraes;
  • Responsáveis técnicos: Paulo Roberto Cabral de Melo; Alex Cardoso da Silva.

A PF cumpre esses mandados em Maceió, e também apura a atuação de empresas que prestavam consultoria para a Braskem: Modecon, com sede no RJ, e Flodim, sediada em SE. São ao todo 11 mandados em Maceió, 2 no Rio de Janeiro e um em Aracaju.

Todos os alvos de buscas também foram alvos de quebra de sigilo telemático, por meio do qual a PF poderá rastrear conversas por aplicativos de mensagem e por e-mail.

A PF busca documentos que possam provar se a empresa sabia dos riscos existentes a respeito das atividades de mineração, se omitiu documentos, ou se contratou pareceres dirigidos.

Em nota, a Braskem informou que “está acompanhando a operação da PF nesta manhã e informa que está à disposição das autoridades, como sempre atuou. Todas as informações serão prestadas no transcorrer do processo”.

No final de novembro, Maceió entrou em estado de alerta devido ao risco de colapso da mina 18 da Braskem, de mineração de sal-gema no litoral da capital alagoana. Cinco bairros correram risco de afundar, e cerca de 60 mil pessoas foram evacuadas de seus lares. Em 10 de dezembro, a mina colapsou dentro da lagoa Mundaú, e desde então a situação vem apresentando uma tendência de estabilização.

*Com informações de G1