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Foto: Divulgação
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O dono de uma academia de musculação na região Nordeste de Belo Horizonte está sendo investigado pelo estupro de uma fisioterapeuta, que ocorreu na tarde da última quinta-feira (18). A mulher contou à Polícia Militar que prestava atendimento para o homem, lutador de jiu-jitsu e MMA, quando ele começou a fazer perguntas sobre sua vida íntima. Conforme o relato, no momento em que ela foi abraçar o suspeito para se despedir, ele a imobilizou no chão e praticou o ato sexual sem o consentimento dela.

Segundo o registro policial, a mulher teria realizado o atendimento do suspeito em um tatame da academia, quando, durante o trabalho, ele começou a questionar a vida pessoal dela, bem como o estado do casamento da fisioterapeuta. A mulher então teria pedido para que o dono da academia parasse da fazer perguntas sobre ela, ou, do contrário, interromperia o atendimento. Ela conta que despediu-se do homem com um abraço depois de terminar a consulta e, nesse momento, foi atacada.

Ainda de acordo com o depoimento, o lutador de jiu-jitsu teria deitado a fisioterapeuta de costas para o chão e a imobilizado utilizando técnicas de luta. A mulher relata que ele retirou parcialmente sua calça e, embora ela o pedisse para parar a todo momento e dissesse que não consentia com o ato, o dono da academia não deu ouvidos e continuou com a violência. Após o crime, a mulher conta que foi até a casa de uma amiga, que a orientou a ligar para o marido.

Liberado pela polícia

Durante as primeiras diligências, o homem chegou a ser preso em flagrante. Em seu depoimento, o suspeito alegou que já havia recebido atendimento da fisioterapeuta outras vezes, e que em nenhum momento ameaçou ou feriu física e psicologicamente a vítima. Ele também acrescentou que o ato sexual teve o consentimento da mulher, sem envolver nenhum tipo de ameaça. A Polícia Militar encaminhou a vítima para o Hospital Odilon Behrens, onde ela foi atendida e medicada por uma ginecologista.

O suspeito do crime chegou a ser liberado antes mesmo de a fisioterapeuta prestar depoimento – trâmite questionado pela defesa dela. “Primeiro teriam que ouvir a vítima, depois liberar”, defende Glauber. O advogado ressaltou também que há uma preocupação da defesa quanto ao tempo de conclusão do inquérito, já que, segundo ele, as provas do crime podem ser destruídas com o tempo.

Nota da Polícia Civil na íntegra

A Polícia Civil de Minas Gerais informa que instaurou inquérito para apurar os fatos. Com as informações iniciais e depoimentos, a autoridade policial não encontrou elementos suficientes para ratificar o flagrante. Todos foram ouvidos e liberados. A investigação segue em andamento na Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual.

Confira mais informações no site BHAZ.