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O Banco da Amazônia (Basa) lançou, nesta terça-feira, 11, o Plano Safra 2023/2024, que disponibilizará um montante de R$ 9,9 bilhões para o setor agropecuário da Amazônia Legal. O anúncio ocorreu no miniauditório Lamartine Nogueira e foi transmitido ao vivo pelas redes sociais da instituição.

Durante o evento, foram assinados seis contratos de financiamento com produtores de açaí da Região das Ilhas, provenientes dos municípios de Ponta de Pedras e Breves. Os recursos utilizados nos financiamentos são próprios do Banco e também do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

Uma das beneficiárias dos contratos de financiamento foi a agricultora familiar quilombola, Eunice Soltenes, pertencente à Comunidade Quilombola “Bom Jesus do Centro Ouro”, no município de Moju, no Pará. Ela destacou que o crédito ajudará nas atividades de plantio de mandioca e açaí. Eunice já é cliente do Banco da Amazônia desde 2021, através do Programa Amazônia Florescer Rural, e este é seu segundo financiamento.

Para divulgar os recursos disponíveis no Plano Safra 2023/2024 e suas melhores taxas de mercado, o Banco da Amazônia realizou um evento híbrido, com participação da Diretoria Executiva, do Governo do Estado do Pará e de instituições relacionadas ao agronegócio. O secretário de Estado de Agricultura Familiar, Cássio Pereira, representou presencialmente o Governador do Pará, Helder Barbalho, durante o lançamento do Plano Safra do Banco. Secretários de Estado dos governos dos outros estados da Amazônia acompanharam o evento de modo on-line.

No Plano Safra 2022/2023, o Basa aplicou R$ 7,67 bilhões, sendo R$ 3,79 bilhões destinados à pecuária e R$ 3,88 bilhões à agricultura. Nos últimos cinco anos, o banco investiu R$ 34,2 bilhões no agronegócio regional.

Dos R$ 9,9 bilhões destinados para impulsionar a economia da Amazônia Legal no novo Plano Safra, R$ 5,5 bilhões serão direcionados à agricultura familiar, mini e pequenos produtores. O presidente do Banco, Luiz Lessa, ressaltou que esse montante representa o compromisso do Basa com a agricultura familiar e os pequenos produtores, com o objetivo de ser um indutor do desenvolvimento da região amazônica. Lessa comentou que o banco está fornecendo condições para que esses agricultores realizem seus sonhos, gerem recursos, empregos, renda e alimentos na região.

O Banco da Amazônia vem facilitando o acesso aos investimentos por meio de linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), através do aplicativo Basa Digital. Segundo o diretor Comercial, Marivaldo Mello, no ano passado, foram realizados 18 mil contratos na agricultura familiar por meio do aplicativo. Para o Plano Safra 2023/2024, a meta é aumentar o atendimento em cerca de 30%, alcançando 25 mil famílias beneficiadas.

O superintendente regional do Amazonas, Esmar Prado, afirmou que com esse incremento disponibilizado pelo Plano Safra no valor de R$ 10 bilhões, em relação ao valor do Plano Safra de 2022, é uma oportunidade de desenvolver a Amazônia com crédito aplicado de forma consciente e se atentando aos aspectos ambientais e sociais da região. “Com isso, vamos trazer um aumento da produtividade e consequentemente um desenvolvimento para o Amazonas e Roraima, aumentando a malha de atuação que o banco tem na região”, ressaltou.